14/02/2013 08h17 - Atualizado em 14/02/2013 08h17
Assessoria
O número de jovens fora dos bancos escolares e universidades nesse início de ano letivo é “extremamente preocupante”. São milhares homens e mulheres no mercado de trabalho que não conseguem dar continuidade a seus estudos por conta de suas obrigações profissionais principalmente no comércio, indústria e serviços. A denúncia é do sindicalista José Lucas da Silva, presidente da Federação Interestadual dos Trabalhadores na Movimentação de Mercadorias de Mato Grosso e Mato Grosso do Sul – Feintramag e representante da Central dos Sindicatos Brasileiros – CSB regional MS.
“Infelizmente não temos estatísticas que revelem o elevado grau do problema que estamos denunciando, mas como temos conversado com muitos trabalhadores em todas as áreas, por amostragem, podemos concluir que esse problema é mais sério do que se imagina”, afirmou José Lucas.
A classe patronal tem dificultado muito a continuidade dos estudos de seus funcionários. Poucos são os que têm consciência da importância de que devem não só permitir que deixem o trabalho a tempo de seguir para a escola ou à universidade, como até de incentivá-los a melhorarem seus conhecimentos.
O sindicalista afirma que todos os anos, muitos trabalhadores matriculados, começam a freqüentar as aulas, mas acabam desistindo por conta do trabalho que “rouba” seu tempo, mesmo aquele fora do horário do expediente comercial, por exemplo. “Em 2013, certamente não será diferente. Muitos jovens que se esforçaram e se matricularam, acabam não concluindo o ano, pelo mesmo motivo: devido à pressão empresarial”, critica José Lucas.
O sindicalista vai mais longe: “Esse problema deveria ser discutido pelas nossas autoridades do legislativo (municipal, estadual e federal) e executivo, em todas as esferas. Trata-se de um problema muito sério e que compromete o futuro de nossas cidades, Estados e União. “Que profissionais teremos no mercado de trabalho amanhã se não os permitimos se instruir, se formar, hoje?” questiona.