01/01/2014 16h08 - Atualizado em 01/01/2014 16h08
Willams Araújo
As principais lideranças do PMDB e do PT devem voltar às atenções para as eleições rumo ao governo de Mato Grosso do Sul este ano. Pré-candidatos declarados à sucessão do governador André Puccinelli (PMDB), o senador Delcídio do Amaral (PT) e o ex-prefeito de Campo Grande, Nelsinho Trad (PMDB), secretário de Articulação com os Municípios, devem polarizar a disputa, embora outros nomes demonstram interesse em entrar no páreo.
Apesar de especulações de que setores do PMDB estariam articulando uma manobra na tentativa de apoiar Delcídio ao governo do Estado em detrimento da candidatura de Nelsinho, a cúpula regional do partido e o próprio governador André Puccinelli asseguram que o grupo tem candidato próprio.
Quem defende publicamente apoio a candidatura dos adversários políticos é o presidente da Assembleia Legislativa, Jerson Domingos (PMDB). No entanto, o presidente do diretório regional do PMDB, deputado estadual Júnior Mochi, assegura que o nome de Nelsinho está confirmado e deverá ser homologado na convenção do partido que deverá ocorrer entre junho e julho.
A dúvida no PMDB é com relação a candidato ao Senado, até porque André Puccinelli tem oscilado em suas declarações, às vezes insinuando o desejo de postular o cargo e até o interesse em se aposentar politicamente, abrindo desta forma espaço para a vice-governadora Simone Tebet.
ALIANÇAS
Além de Delcídio, o candidato governista poderá ter de enfrentar o deputado federal Reinaldo Azambuja (PSDB), que estuda a possibilidade de disputar o governo por orientação do comando nacional do PSDB, que se movimenta no sentido de eleger o senador Aécio Neves (PSDB-MG) sucessor da presidente Dilma Rousseff.
Reinaldo também analisa a ideia de concorrer ao Senado na chapa encabeçada por Delcídio, com quem o tucano tem dito estreita relação desde o segundo turno das eleições municipais na qual ajudaram a eleger Alcides Bernal (PP) prefeito de Campo Grande.
Independentemente do encaminhamento dos acordos políticos, as alianças partidárias devem voltar a ser discutidas já nos primeiros dias de janeiro.