29/01/2014 07h54 - Atualizado em 29/01/2014 07h54
Valdecy Nunes, o Chocolate, votou pela instalação da CP contra o prefeito e recebeu notificação de expulsão do PP este mês
Elvio Lopes/De Campo Grande
Após votar pela instalação da Comissão Processante na Câmara Municipal de Campo Grande com a proposta de cassar o mandato do prefeito Alcides Bernal (PP), o vereador Waldecy Batista Nunes, o Chocolate, teve seu pedido de expulsão notificado pelo Tribunal Regional Eleitoral (TRE) no dia 14 passado e ontem anunciou que ingressou com mandado de segurança para suspender o ato do Partido Progressista, que o elegeu.
Chocolate, eleito com 2.500 votos em chapa pura na eleição de 2012, ingressou com liminar na 1ª Vara da Fazenda Pública e Registros Públicos de Campo Grande, para anular a expulsão do Partido Progressista, solicitada logo após ele votar pela instalação, na Câmara, da CP para cassar Bernal.
Ele alega, em sua defesa, que a expulsão foi motivada pele próprio Bernal, presidente da Executiva Estadual do PP e pela relatora da Comissão Provisória do partido, Adriana Lucia do Nascimento Corrêa em ato de retaliação pelo seu voto na CP.
A expulsão de Chocolate foi realizada em dezembro, durante assembleia geral extraordinária do partido, que considerou a postura do vereador como ato de infidelidade partidária e falta de decoro. A defesa do vereador alega que a expulsão foi baseada em representação de um filiado, que depois teria se retratado.
É com base nessa retratação, apresentada durante a defesa do vereador e na alegação de que somente o diretório estadual pode tratar de expulsão, que Chocolate pretende anular sua cassação do PP e voltar a fazer parte do partido na Câmara. O vereador também pede a paralisação da tramitação de sua expulsão na Justiça Eleitoral.