06/02/2014 13h16 - Atualizado em 06/02/2014 13h16
Lar Renascer abriga adolescentes de 11 a 18 anos abandonadas ou vítimas de violência
Assessoria
A Prefeitura de Dourados através da Secretaria de Assistência Social atende meninas de 11 a 18 anos de idade em situação de vulnerabilidade social, que sofreram abandono, estupro ou agressão física e moral dentro do convívio familiar. O atendimento é feito através do Lar Renascer. No passado, 67 adolescentes passaram pela entidade.
O objetivo do Lar Renascer é proporcionar acolhimento provisório e excepcional para adolescentes do sexo feminino, em situação de risco pessoal e social, cujas famílias ou responsáveis que se encontram temporariamente impossibilitados de cumprir sua função de cuidado e proteção, informou a coordenadora da entidade, Ana Salete Moraes Libório.
A entidade é mantida pela prefeitura, que paga o aluguel do imóvel, fornece alimentação, cuidadoras, motorista, acesso à saúde, educação, oficinas, cursos e outros benefícios sociais oferecidos no local.
Quanto ao lazer e cultura, a coordenação da entidade faz diversas parcerias para que as meninas tenham acesso a cinema, lanchonetes, sorveterias, espaços culturais, entre outros locais, sempre acompanhadas pelas cuidadoras.
“A casa mantém atualmente sete adolescentes, mas como a assistência do local é rotativa, tem época que abriga até 12 meninas”, disse a coordenadora. Ela lembra que todas as atividades das adolescentes são controladas por horários. Todas estudam e têm aulas de balé no Studio Blanche Torres, através de uma parceria.
As adolescentes chegam até o Lar Renascer através de medida judiciária determinada pelo juizado de Infância e Adolescência. Normalmente as denúncias são recebidas pelo Conselho Tutelar, que verifica a denúncia e constata a situação de vulnerabilidade. “Aqui é a última instância, quando realmente a Justiça acredita que a menina não pode mais conviver com a família e nos envia por um período pré-determinado de acolhimento”, explica Ana Salete.
No local, além de todo atendimento básico, as adolescentes recebem acompanhamento de uma equipe multidisciplinar, incluindo assistentes sociais, psicólogos, psiquiatras, entre outros profissionais. Enquanto isso, outra equipe do Creas (Centro de Referência Especializado de Assistência Social) ou Cras (Centro de Referência de Assistência Social) trabalha com a família, para que essa adolescente volte ao convívio.
Em caso de impossibilidade, é procurada uma alternativa, como um parente mais próximo. “Normalmente as adolescentes acabam voltando para as famílias; temos muitos casos de sucesso, de meninas que foram encaminhadas para o abrigo, tiveram todo o acompanhamento multidisciplinar e depois voltaram para suas famílias e hoje estão muito bem”, comenta Ana Salete.
Mesmo depois que a adolescente é autorizada a voltar para a família, uma equipe do Creas continua fazendo o acompanhamento por alguns meses, para certificar que ela está realmente segura.
“Esse é mais um trabalho que compõe a rede de Assistência Social de Dourados, a de proteção ao adolescente. O acesso aos serviços deve ser para todos os que dele necessitam, segundo a Lei Orgânica da Assistência Social. A atual administração tem procurado aumentar e melhorar esses atendimentos conforme a recomendação do prefeito Murilo”, afirma a secretária de Assistência Social Ledi Ferla.