06/02/2014 12h00
Na terça-feira (4), os futuros da soja registram mais uma sessão de preços altos na Bolsa de Chicago.
Assim, o vencimento mais negociado nesse momento, março/14, conseguiu voltar para a casa dos US$ 13 por bushel ainda no pregão eletrônico.
"O mercado está orbitando, principalmente na primeira posição, em torno dos US$ 13, US$ 13,50", explicou o consultor em agronegócio, Ênio Fernandes.
Para o consultor, os estoques muito curtos nos Estados Unidos frente à intensa procura por soja se mantém como o mais importante fator de alta para os preços nesse momento.
"Se os preços caírem muito, as vendas por lá serão estimuladas e eles não terão soja para entregar", diz.
Ao mesmo tempo, o mercado acompanha também o desenvolvimento das lavouras na América do Sul, principalmente do Brasil, e a chegada dessa nova oferta aos portos, o que, segundo Fernandes, deverá começar a acontecer, efetivamente, somente em março.
O volume já colhido, de acordo com o consultor, deverá ser destinado ao processamento e destinado à produção de farelo e óleo.
Porém, muitas regiões produtoras do Brasil vêm sofrendo com problemas climáticos que já causam perdas de produtividade.
O calor intenso e a falta de chuvas vêm castigando as lavouras de Minas Gerais, Mato Grosso do Sul, Goiás, Paraná, Bahia, São Paulo em sua fase de enchimento de grãos, época em que a presença da água é fundamental e determinante.
No entanto, ainda de acordo com Fernandes, o impacto dessas perdas só poderá ser melhor avaliado também em meados de março, quando a colheita se aproximar da conclusão, e, por isso, o impacto das possíveis perdas também deverá começar a ser sentido nesse mesmo período.
"Essas próximas duas semanas serão extremamente importantes para a produção de grãos no Centro-Oeste brasileiro .Então, os próximos 15 a 20 dias serão muito importantes na formação de preços", explica o consultor.
"As produtividades estão muito dispares nesse momento. O Centro-Oeste precisa de chuva nos próximos 15 dias", completa. (Notícias Agricolas)