12/02/2014 08h29 - Atualizado em 12/02/2014 08h29
Agência Brasil
A Polícia Civil prendeu na madrugada de hoje o suspeito de acender o rojão que matou o cinegrafista da TV Bandeirantes Santiago Andrade, durante manifestação na última quinta-feira. Caio Silva de Souza foi preso em Feira de Santana, na Bahia, por policiais da Delegacia de São Cristóvão, que investiga o caso.
Caio estava em uma pousada da cidade baiana e não reagiu à prisão. Um mandado de prisão havia sido expedido na última segunda-feira pela Justiça fluminense, pelo crime de homicídio doloso qualificado por uso de explosivo.
Os policiais buscavam Caio desde ontem. Durante as buscas, ele não foi encontrado em sua casa na Baixada Fluminense.
Caio Souza foi apontado pelo tatuador Fábio Raposo como o responsável por acender o artefato que provocou a morte do cinegrafista. Raposo está preso e confessou ter entregado o explosivo a Caio.
Defesa
O advogado Jonas Tadeu Nunes revelou anteontem a tese da defesa do manifestante Fábio Raposo, “Para nós, houve uma lesão corporal gravíssima seguida de morte. Não há homicídio porque não existiu a vontade livre e consciente de acender isso [o rojão] para atingir o jornalista”, disse Jonas Tadeu. Para ele, Fábio e os demais envolvidos deveriam responder por dolo eventual. “Passar um rojão é bem diferente de uma arma de fogo, que com certeza pode lesionar”.
O advogado espera, com a tese de lesão corporal, reduzir a pena do acusado. "Existe aí a imprudência, a negligência, porque eles poderiam ter acendido e usado aquilo de outra maneira, não estou eximindo eles de culpa ou responsabilidade”, completou o advogado.