13/02/2014 10h15 - Atualizado em 13/02/2014 10h15
fotos - Cido Costa/Douradosagora
Douradosagora
Comissão formada por representantes das famílias que ocupam área pública e vereadores se reuniu a portas fechadas com o prefeito de Dourados, Murilo Zauith, na manhã de hoje.
O Douradosagora conseguiu autorização para entrar no gabinete onde ocorrida o encontro, que teve como objetivo uma saída ao impasse das centenas de pessoas que estão acampadas na área da prefeitura que fica perto do Jardim Clímax.
Após a conversa ficou decidido que o prefeito iria tentar estender o prazo da reintegração, para que ganhasse tempo a fim de poder encontrar um lugar para alocar as famílias, até que seja encontrada uma solução definitiva para o caso. O grupo seguiu novamente em 'sombrinhaço' até a sede do Centro Municipal Administrativo (CAM) para acompanhar a negociação. Anteontem, centenas saíram às ruas, foram à Câmara e à prefeitura, mas o prefeito estava cumprindo agenda em Campo Grande. Hoje pela manhã, a reunião que era para acontecer a partir das 10h, começou meia hora antes.
Reintegração
Na manhã de terça-feira, oficiais de Justiça acompanhados de policiais militares notificaram as famílias sobre reintegração de posse ao município. Inconformados com a situação, os sem-teto protestaram pacificamente pelas ruas da cidade.
Após conversa com o diretor de habitação da prefeitura, Toninho Cruz, as famílias conseguiram agendar uma reunião com o prefeito Murilo Zauith, para hoje.
Na noite de terça, os manifestante foram até à Câmara para pedir ajuda aos vereadores durante sessão, à noite. Eles cobraram benefícios através de projetos habitacionais.
Lei
Os sem-teto podem ficar fora de sorteio de moradias populares, por exemplo, justamente por causa da invasão. O Artigo 21 da Lei Municipal que dispõe sobre a Política Municipal de Habitação de Interesse Social, prevê que “os infratores ficam sujeitos a serem excluídos e negativados no Cadastro dos Beneficiários da Política Habitacional de Interesse Social do Município. Ficam impedidos ao acesso e participação em qualquer projeto habitacional por um prazo de dez anos”.
O terreno ocupado era utilizado para a construção de moradias populares do residencial Estrela Guassu, entretanto as obras foram interrompidas por causa de problemas financeiros da empreiteira. Sem ter para onde ir e em busca de uma moradia, as famílias ocuparam o local.
Matéria atualizada às 12h03