08/03/2014 08h08 - Atualizado em 08/03/2014 08h08
Marli Lange
As mulheres também simbolizam a felicidade na terceira idade. Ter qualidade de vida, buscando uma convivência saudável é muito importante para as idosas. Muitas delas frequentam o Centro de Convivência do Idoso, localizado no Jardim Água Boa, em Dourados.
No caso de Tranquilina da Silva, 69 anos, residente no Jardim Itália, frequenta o centro há pelo menos dez anos e há dois conheceu o seu companheiro de dança de salão, o seo Waldemar Manoel Rodrigues, 72 anos. Os bailes realizados nas sextas-feiras no Centro de Convivência do Idoso são imperdíveis. “Aqui a gente vive, se diverte, faz amigos”, disse a idosa. Ela conta que vive sozinha em uma casa perto de seus quatro filhos. Há 15 anos ficou viúva e diz que não pretende se casar novamente, mas não abre mão de umas ‘paqueras’, conta ela.
Durante a semana frequenta o centro para se distrair. Mas o dia que ela mais gosta é a sexta-feira, quando é promovido o baile. Ela conta que ela e o companheiro Waldemar, dançam em outros clubes também. “Onde tem bailes, lá estamos nós, as vezes começa na quarta-feira e vai até domingo”, comenta.
Ivanilde Alves Vasconcelos, de 76 anos, já tem até bisneto, mas também não perde um baile da terceira idade no clube do idoso ou em outros clubes. Junto com as companheiras Adelaide Ortiz Vargas, de 54 anos e Terezinha Turda, 83 anos, ela não perdeu nem mesmo o baile de carnaval promovido pelo Centro de Convivência do Idoso, na sexta-feira passada, dia 28 de fevereiro.
A disposição de Adelaide contagiou as outras duas companheiras. Ela conta que apesar de ter sofrido um AVC há dois anos, quando dançava em um baile, não se entregou às tristezas e lembranças desagradáveis. “Busquei ajuda, passei um tempo me recuperando, não me entreguei como muitas vezes fazem tantas pessoas depois de um problema de saúde. Dei a volta por cima e estou aqui de novo ‘curtindo a vida’ com meus amigos”,comentou Adelaide que agora está aposentada.
Já Terezinha Turda lembra que sempre participou de bailes e até já foi organizadora desses eventos. “Desde nova participo de bailes, já organizei eventos, sem descuidar dos filhos, netos, marido e da casa”, lembra a idosa, que hoje ainda busca os bailes da terceira idade para se divertir. No baile de carnaval realizado no centro, Terezinha era uma das mais divertidas. Para ela, as mulheres têm que se valorizar, buscar alternativas para melhorar a qualidade de vida. “Não é porque alcançou uma idade mais avançada é que vai se entregar. Tem que buscar alegria, conhecer outras pessoas, se distrair”, aconselhou.
Dona Jeorgina Guimarães Pedrosa, conhecida como Gina, é outro exemplo de uma pessoa idosa independente e que busca qualidade de vida. Aos 70 anos, mora sozinha há seis. Entre as atividades diárias, faz hidroginástica e dança de salão.
Ela também passou a morar sozinha após a morte do marido. Decidiu que iria ficar independente. “Cuidei de meu pai, minha mãe e do meu marido. Quando ele se foi, prometi que era a vez de cuidar de mim”, conta ela.