09/03/2014 09h00
Apesar de a pauta estar destrancada, após a aprovação da MP 626/2013, as votações em Plenário continuam indefinidas.
A única proposta na ordem do dia é a PEC 34/2013, do senador José Agripino (DEM-RN), que dificulta a criação e a extinção de órgãos públicos.
No entanto, por se tratar de uma proposta de emenda à Constituição, é preciso quórum qualificado para a aprovação - são exigidos três quintos dos senadores, ou 49 dos 81 votos.
Além disso, o governo já sinalizou que votará contra a proposta, que exige que a criação e a extinção de ministérios, autarquias, fundações, empresas públicas e sociedades de economia mista se deem por lei complementar, e não por lei ordinária, como ocorre hoje.
Isso engessa os governos. Para criar [instituições] é por lei, para extinguir tem que ser por lei – explicou Eduardo Braga.
Já Agripino observa que a administração pública sofre de um "desmedido inchaço" e argumenta que a mudança valorizaria o Poder Legislativo e contribuiria para a melhora da gestão pública.
De acordo com o senador Gim (PTB-DF), vice-líder do governo, os partidos devem indicar na próxima semana os nomes dos senadores para integrar a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Transporte Público.
O requerimento para a criação da CPI, apresentado por Roberto Requião (PMDB-PR), foi lido em dezembro, depois de conferido o número mínimo de assinaturas (27). O governo, segundo Requião, estaria fazendo pressão para que a comissão não seja instalada.
Até hoje a Mesa está enrolando com pressão do governo. Eu pergunto por quê? Por que o governo não quer que se abra a caixa-preta dos contratos e das licitações de ônibus no Brasil? Não tem nenhum cabimento isso – protestou em Plenário na quarta-feira (5). (Agência Senado)