21/03/2014 17h19
Para Virgilio Almeida, secretário do MCTI, País precisa gerar mais inovação a partir de pesquisas na área de tecnologia da informação.
O secretário de Política de Informática do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), Virgilio Almeida, avalia que o Brasil precisa gerar mais inovação a partir de pesquisas na área de tecnologia da informação (TI).
Segundo ele, no País existem ótimos programas de pós- graduação nas áreas de computação e engenharia da computação, além de uma grande indústria de software, mas a ligação entre o setor produtivo e o de pesquisas ainda não se faz na intensidade necessária.
“Queremos fortalecer os centros globais de PD&I [pesquisa, desenvolvimento e inovação, para que eles tenham mais atividades e mais investimentos e gerem, a partir do Brasil, tecnologias e produtos que são competitivas globalmente”, argumenta Virgílio.
A análise foi feita durante a cerimônia de abertura da Conferência internacional de Propriedade Intelectual (PI) e Inovação na Indústria da Tecnologia da Informação e Comunicação (TIC), que ocorreu na quarta e quinta-feira (19 e 20), no Rio de Janeiro.
A atração de Centros Globais de PD&I é um dos eixos do TI Maior, programa estratégico na área da tecnologia da informação.
Lançado em 2012, a iniciativa visa estimular a indústria de software no País.
“O Brasil conseguiu assinar memorandos de entendimentos para instalação de quatro centros a partir de 2009, que são o da Microsoft, da EMC², Intel e SAP”, lembra o secretário.
Ele destacou a importância que a indústria de TI dos Estados Unidos EUA confere aos centros de PD&I das empresas.
“Esses centros fazem pesquisas básicas e avançadas e conseguem, a partir disso, gerar produtos e novas tecnologias”, frisou.
“Um dos pontos colocados no processo de negociação com as empresas para a criação desses centros no Brasil foi, justamente, a necessidade de criação de mecanismos adequados de proteção à propriedade intelectual, aos valores gerados nesses centros, sejam novos métodos e/ou processos, além da questão da patente de software”.
Nesse sentido, o vice-presidente do Sistema Firjan, Carlos Fernando Gross, ressaltou o apoio à proteção da propriedade intelectual como um meio de agregar valor ao produto e de estímulo à inovação tecnológica.
“A propriedade intelectual cria um ambiente favorável para as empresas investirem”.
Para o presidente da Academia Brasileira de Ciências (ABC), Jacob Palis, o desafio para o Brasil é ser proativo. “Temos que adaptar esse direito nobre às condições dos países emergente, principalmente o Brasil”.
Segundo o presidente em exercício do Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI), Ademir Tardelli, o instituto está ampliando o quadro de examinadores de patentes para acelerar os registros de novas marcas e tecnologias.
O diretor regional do escritório do Brasil da Organização Mundial da Propriedade Intelectual (Ompi), José Graça Aranha, abordou o crescimento de empresas que atuam no setor de TI no País.
“O Brasil vive um momento especial em que é fundamental a intensificação do conhecimento”.
O encontro foi organizado pelo MCTI, pela Ompi e pelo Inpi. O evento ocorre na sede da Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan) para debater os principais avanços e tendências em PD&I, com destaque para a gestão de propriedade intelectual em plataformas de inovação aberta e as experiências dos centros de pesquisa e desenvolvimento em países emergentes. (Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação)