28/03/2014 14h00
Pelo segundo ano consecutivo, o uso da adubação biológica na cana (primeiro e segundo corte) tem apresentado ganhos de produtividade e consequente redução de custo para o produtor rural.
Pelo segundo ano consecutivo, o uso da adubação biológica na cana (primeiro e segundo corte) tem apresentado ganhos de produtividade e consequente redução de custo para o produtor rural, com a maior eficiência dos insumos agrícolas, foi o que apontou pesquisa da Universidade Estadual Paulista (Unesp).
“O primeiro estudo nos surpreendeu com aplicação da Adubação Biológica na cana. Agora no segundo ano, os resultados foram melhores ainda.
Em cana, o ciclo é de seis anos, mas a partir do segundo ano a gente pode sentir firmeza com resultados favoráveis de ATR e menores custos de produção”, comentou Prof. Adjunto nível 3 da Unesp, Marcos Omir Marques.
O experimento científico com uso e não uso da Adubação Biológica no cultivo da cana, acompanhado pelo professor da Unesp, foi iniciado no dia 03 de junho de 2011.
No plantio a distribuição das mudas no sulco de plantio adotou-se o sistema de colmos cruzados “pé e ponta”, procurando atingir média de 18 gemas viáveis por metro linear.
De acordo com o professor, com a Adubação Biológica, é possível reduzir custos com redução de aplicação de fertilizantes.
“Mesmo reduzindo o uso de fertilizantes, com a adubação biológica, a planta permanece produzindo, aumentando a margem de lucro e consequente competitividade para o produtor rural”, ressaltou Marques.
A colheita da cana, segunda safra, foi realizada no dia 13 de novembro de 2013 (aos 12 meses de idade da soqueira). Utilizou-se a despalha pelo fogo. Em seguida foi realizado o corte manual e o carregamento mecanizado da cana.
“A pressão de custos é inerente à atividade agrícola. O custo do dólar nos insumos reduz a margem do produtor e a ação da Adubação Biológica vem melhorar a eficiência da produção agrícola, no caso, a cana-de-açúcar”, comentou o Eng. Agr. Paulo D´Andréa, diretor P&D da Microgeo, empresa pioneira na produção da adubação biológica.
O MICROGEO® empresa familiar de Limeira (SP) que tem a tecnologia patenteada para a produção de adubo biológico através do processo de Compostagem Líquida Contínua (CLC®) está construindo uma nova fábrica em Limeira, sede da companhia nacional com aporte de R$ 3 milhões para ampliar a capacidade produtiva de 4 mil toneladas ao ano para 10 mil toneladas anuais a partir do segundo semestre de 2014.
A Microgeo é uma empresa de pequeno porte com 60 funcionários diretos e pouco mais de 100 terceirizados. Deve faturar cerca de R$ 45 milhões em 2014.
A companhia começou a desenvolver os adubos biológicos em 1994 e patenteou em 2000 seu processo de compostagem, mas só passou a vender o produto em escala comercial a partir de 2006. (Agro Blog Brasil)