Dourados
02/04/2014 14h15 - Atualizado em 02/04/2014 14h15
Tomado por lixo e matagal, patrimônio histórico de Dourados resiste ao tempo até receber a tão sonhada revitalização
Flávio Verão
Pela terceira vez consecutiva a Secretaria de Cultura de Dourados encaminha projeto de revitalização da Usina Velha ao governo federal, na tentativa de captar recursos. "Ajustamos o projeto e reencaminhados ao governo, pois é de nosso interesse ver a Usina Velha revitalizada", diz Carlos Fábio, secretário de Cultura.
Tombada como patrimônio histórico de Dourados, a Usina Velha está em ruínas e sofre com o abandono. A discussão para captar recursos federal começou em 2005, com um projeto apresentado em audiência pública na Câmara de Vereadores. De lá para cá nada foi conseguido.
Carlos Marinho, da secretaria de Cultura, acredita que um dos motivos pela não aprovação dos projetos se dá pela concorrência com cidades históricas do país. Ele diz que para 2014, o governo federal autorizou teto máximo de R$ 4,5 milhões por projeto. "Reajustamos o projeto que tínhamos e reencaminhamos na tentativa de conseguir essa verba", disse ele.
O projeto é encaminhado ao PAC Cidades Históricas, uma ação intergovernamental articulada para preservar o patrimônio brasileiro. Em agosto do ano passado o governo de Dilma destinou R$ 1,6 bilhão para o programa, dos quais 44 cidades brasileiras em 20 estados foram contemplados. No Mato Grosso do Sul somente Corumbá teve projeto aceito.
Ruínas
O cenário da Usina velha não é nada positivo. Além do patrimônio estar em ruínas, o mato toma conta. Há muitas garrafas pet, latas de cerveja e sacolas plásticas espalhadas pela área verde do local.
O portão da Usina Velha foi derrubado e atualmente se encontra encostado na grade. O espaço, que chegou a ser utilizado como ponto de encontro cultural nos últimos anos, a cada dia que passa se torna esquecido e abandonado.
Desde que foi inaugurada, em 1949, a Usina Filinto Muller não sofreu alteração em sua arquitetura. Ela era responsável por fornecer energia elétrica para a região central de Dourados, sendo tombada como patrimônio histórico em 1991.
