Dourados
05/04/2014 09h14 - Atualizado em 05/04/2014 09h14
Ascom
O tomate ficou 30,44% mais caro no mês de março. O produto foi o item que apresentou a maior variação nos preços de acordo com a pesquisa do custo da Cesta Básica Alimentar realizada pela Coordenadoria de Pesquisas, Planos, Projetos e Monitoramento da Secretaria Estadual de Meio Ambiente, do Planejamento, da Ciência e Tecnologia (Semac).
Com a alta do tomate, a pesquisa realizada em março de 2014 na Capital mostrou que o custo da Cesta Básica foi elevado em 4,11% em relação ao apurado no mês anterior. Os 15 produtos da Cesta Básica Alimentar puderam ser adquiridos, no mês de março, pelo custo de R$ 305,83. No levantamento feito no mês anterior (fevereiro) os mesmos produtos estavam custando o equivalente a R$ 293,76. O acumulado nos últimos 12 meses assinalaram alta de 3,19%, nos últimos seis meses os preços subiram 11,42% e no ano, 7,14%.
Dentre os 15 produtos pesquisados, 12 tiveram preços elevados em março, com destaque para: tomate 30,24%; batata 21,24%; laranja 6,20%; óleo 4,33%; feijão 2,86%; banana 2,66%; arroz 2,65%; carne 2,64%; pães 2,59%; margarina 1,87%; alface 1,64% e açúcar 0,36%. O macarrão apresentou queda de 1,41% no seu preço. O leite e o sal mantiveram seus preços inalterados.
Cesta x Renda Mensal
O levantamento aponta ainda que ao confrontar o custo da Cesta Básica Alimentar com a renda mensal pode-se concluir que o trabalhador que recebeu um salário mínimo de R$ 724,00 no mês de março de 2014 comprometeu 42,24% de sua renda bruta com alimentação e os outros R$ 418,17 foram destinados para suprir necessidades básicas como: água, energia, saúde, serviços pessoais, vestuários, lazer e outros. No levantamento feito em fevereiro de 2014 o custo da Cesta Básica Alimentar comprometia 40,57% do salário mínimo.
Por fim, outra análise que pode ser feita é do custo da Cesta Básica Alimentar em horas trabalhadas. No mês março/2014 o trabalhador com renda mensal de um Salário Mínimo precisou trabalhar 92 horas e 56 minutos da sua jornada de 220 horas/mês para cobrir os custos da Cesta Básica Alimentar. Em fevereiro/2014 o tempo necessário de trabalho para o mesmo objetivo foi de 89 horas e 16 minutos.
Cesta Básica Familiar
A análise também levou em conta o custo da Cesta Básica Familiar, que no mês de março apresentou alta de 2,51% em Campo Grande, em relação ao apurado no mês anterior. Os 44 produtos da Cesta Básica Familiar puderam ser adquiridos pelo custo de R$ 1.340,33, enquanto que no levantamento anterior os mesmos produtos estavam custando o total de R$ 1.307,54.
Entretanto, a pesquisa considera o acumulado dos últimos seis meses em que os produtos apresentaram alta de 6,81%. Durante o ano a Cesta Familiar sofreu variação positiva de 5,09% e nos últimos 12 meses este percentual foi de 6,29%. Dentre os 44 produtos pesquisados, 30 apresentaram alta nos preços, 11 tiveram queda e três mantiveram os preços inalterados.
No grupo Alimentação (32 produtos), a pesquisa apresentou uma variação positiva de 2,64%. Alguns dos produtos em alta foram: tomate 30,19%; batata 21,23%; abobrinha 11,87%; laranja 6,19%; mandioca 4,83%; café 4,55%; óleo 4,48% e doces 4,18%. No grupo de produtos que apresentaram maiores quedas nos preços, estão: farinha de trigo 5,24%; mamão 4,48%; fubá 4,24%; frango 2,25%; cenoura 1,48%; macarrão 1,41% e sal 1,35%. Leite manteve seu preço inalterado.
Produtos como a abobrinha 11,87%, laranja 6,19% e mandioca 4,83% assinalaram volume reduzido no mercado interno, já que eles encontram-se no período de entressafra e sofrem elevação de preços. O aumento do volume desses produtos ainda dependerá da quantidade de chuvas ao longo do semestre.
O grupo Higiene Pessoal (cinco produtos) fechou março de 2014 com alta de 0,03% devido à variação nos preços dos produtos: dentifrício 1,33%, sabonete 1,32% e lâmina de barbear 0,19%. Os produtos em queda foram absorvente 0,91% e papel higiênico 0,89%.
Para o grupo de Limpeza Doméstica (sete produtos) a variação encontrada foi de positiva com 0,85. Os itens sofreram variações na esponja de aço 3,70%; cera 2,29%; água sanitária 1,76%. Os produtos que registraram variação negativa foram: desinfetante 1,70% e sabão em pó 0,23%. Sabão em barra e detergente não registraram alteração de preço.
Custo total
O custo total da Cesta Básica Familiar no mês de março comprometeu 37,03% do valor total da renda familiar. Para esse cálculo considera-se a renda familiar de cinco salários mínimos, ou seja, R$ 3.620,00. No levantamento feito em fevereiro de 2014, o custo da Cesta Básica Familiar comprometeu 36,12% do valor total da renda familiar.
