14/04/2014 18h18 - Atualizado em 14/04/2014 18h18
Atenta - César Cordeiro
O presidente do diretório estadual do PSB e prefeito de Dourados, Murilo Zauith participou ontem em Brasília da formalização da chapa de seu partido rumo a sucessão presidencial com Eduardo Campos (ex-governador de Pernambuco) presidente e Marina Silva (ex-senadora e ex-ministra do Meio Ambiente), vice-presidente PSB/Rede. A chapa faz oposição ao governo atual e ao modelo de gestão do Brasil.
A aliança
Foram seis meses de negociações até que chegou o dia de Eduardo Campos Marina Silva formalizaram, ontem no Hotel Nacional, em Brasília, a chapa presidencial do PSB. O sinal verde foi dado há cerca de três semanas, após uma reunião da Rede Sustentabilidade, grupo político da ex-senadora e vice na chapa, que ainda não conseguiu aval do Tribunal Superior Eleitoral para se tornar um partido. A aliança PSB-REDE-PPS-PPL denominou o encontro como ato político-cultural.
Carta Branca
Em Mato Grosso do Sul a presidência nacional do PSB, deu carta branca para a formalização ou participação em alianças que condizem com a atual filosofia do partido que é de renovação no sistema de governo e também no sistema político do Brasil. “O clima político é positivo por aqui”, disse Murilo ontem ao atender o telefone em pleno evento.
Na cabeça
Com a carta branca em mãos, Murilo Zauith chegou até a ensaiar a sua renuncia a prefeitura de Dourados para concorrer a vaga de governo do estado pelo PSB. Mas, atualmente o partido pretende se aliar, provavelmente ao PSDB onde participaria de uma candidatura própria tendo o tucano Reinaldo Azambuja na cabeça de chapa.
Reforma do estado
O programa do PSB lançado em fevereiro deste ano tem como primeira frente o Estado e democracia de alta intensidade: o partido quer “reformar” o Estado brasileiro e o uso da tecnologia e da mídia digital para ampliar a democracia.
Fim do abuso
Defende ainda o fim de "disputas personalistas", o fim do abuso do poder econômico e a "superação do clientelismo". Para tanto, defende a realização de uma reforma política e uma reforma da administração pública.
Candidaturas avulsas
No trecho que aborda a reforma política, o PSB defende instituir a possibilidade de candidaturas avulsas, sem necessidade de filiação partidária; rever a atual lei de financiamento eleitoral; ampliar instrumentos da democracia direta, como os plebiscitos; diminuir as assinaturas necessárias para projetos de lei de iniciativa popular; e acabar com a reeleição para cargos do Executivo.
Cargos em comissão
Na reforma da administração pública, o partido de Eduardo Campos defende diminuir a quantidade de cargos em comissão; ampliar o uso de tecnologias da informação e comunicação; modernizar o sistema de compras públicas; remodelar os sistemas de controle e fiscalização da gestão pública; introduzir o princípio da transparência em toda gestão pública; e assegurar acesso irrestrito a dados pessoais mantidos pelo governo e instituições privadas.
Pequenas empresas
A aliança PSB-Rede defende valorizar pequenas e médias empresas, implementar uma economia que produza baixa emissão de gás carbônico (CO2), modernizar a agricultura e "reformular" a reforma agrária.
Política industrial
Na política industrial, o PSB afirma que vai investir em tecnologia, aumento da produtividade e desenvolvimento de uma “política de inovação”. O partido diz ainda que dará prioridade ao fortalecimento de atividades relacionadas à econômica solidária. Para isso, irá fomentar pequenos negócios e inserir produtos da economia familiar no mercado.
E no turismo?
No turismo, promete estimular a capacitação de mão de obra, fomentar programas de divulgação interna e externa dos destino turísticos e criar parcerias com municípios pela preservação de locais turísticos.
E a energia?
No campo da energia, o PSB quer ampliar fontes limpas e renováveis, com o desenvolvimento de energia eólica, solar e biomassa (cana de açúcar).
No transporte
No setor de transporte e logística, a aliança PSB-Rede promete ênfase em ferrovias, hidrovias e sistemas híbridos, que combinem biocombustíveis com eletricidade.
Na educação?
Na educação cultura e inovação, Eduardo Campos diz que o foco será a erradicação do analfabetismo, a ampliação da política de cotas e a integração entre educação e cultura, com a abertura de escolas à "diversidade cultural" do país.
Primeira infância
O PSB propõe integrar, na primeira infância, política educacional e de saúde, apoiar criação de creches com instalações modernas, condição de higiene e profissionais qualificados.
Acesso à educação
O partido defende ainda, nas diretrizes apresentadas, universalizar o acesso à educação de qualidade para todas as crianças de 4 a 17 anos. Para melhorar a qualidade do ensino, a proposta é valorizar os professores, com estímulo a programas de capacitação. O PSB promete ainda criar planos de carreira e salários em todos os estados e municípios.
Atividades educacionais
No campo do financiamento de atividades educacionais e culturas, a sigla propõe criar incubadoras de base tecnológica, ampliar recursos para extensão universitária, estimular projetos culturais, e reorganizar os conselhos de educação.
Que frase!
“Não me interessa vir a ser o homem mais rico no cemitério... Ir à noite para a cama dizendo a mim próprio que fiz algo de maravilhoso... é isso que me interessa.” (Steve Jobs)