16/04/2014 14h02 - Atualizado em 16/04/2014 14h02
Flávio Verão
Dietas de desintoxicação, dietas de restrição, dietas vegetarianas, dietas das proteínas. O que não falta no mercado são formulas que prometem o emagrecimento, até milagroso, para a pessoa perder aqueles quilinhos e conquistar qualidade de vida. Muita gente talvez já experimentou de tudo um pouco e até passou por cirurgia. Na contramão de milagres, o jornalista Wellinton Márcio, de 29 anos, preferiu se dedicar a bike e em sete meses comemora grandes resultados.
Após um check-up médico, Wellinton constatou que estava com a pressão alta e a glicose do sangue indicava início de diabetes tipo 2, sem falar no sobrepeso. "Eu estava com 118 quilos, hipertenso e pré-diabético em setembro do ano passado. Foi aí que eu decidi mudar meu estilo de vida e passei a me dedicar ao esporte", conta o jornalista.
A bicicleta foi o meio encontrado por ele para vencer a barreira, do sobrepeso e das doenças que o afetavam, causando indisposição e cansaço no dia a dia. "Para perder peso tem que perder a preguiça. E eu comecei a pedalar".
Assim que passou a encarar a bike praticamente abandonou o carro e hoje em dia vai trabalhar de bicicleta. "Pedalo diariamente em média 30 km. Utilizo a bicicleta para trabalhar e no final do expediente ainda dou umas pedaladas mais distante", relata. Pelo menos três vezes por semana ele pedala alguns quilômetros além dos 30 que faz todos os dias.
Ao se familiarizar com as pedaladas, Wellinton passou a forçar o ritmo. "Se engana quem pensa que pedalar devagar emagrece; para emagrecer mesmo é preciso judiar do corpo em distância e velocidade", revela o jornalista, que de setembro do ano passado até esta semana perdeu 33 quilos, saindo dos 118 para 85 kg.
E realmente é preciso muito esforço e dedicação para atingir o objetivo. Wellinton conta que já pedalou 75 km num único dia, trajeto que somente quem é atleta é capaz de suportar. "Vale lembrar para quem quer perder peso que o primeiro passo é procurar um médico, depois a bicicleta com a melhor ergonomia", avisa.
Durante esses oito meses de pedalada Wellinton não entrou em nenhuma dieta, apenas passou a controlar a alimentação. Ele conta que nas pedaladas mais longas sempre anda em companhia de um amigo e não recomenda ninguém andar sozinho, pois qualquer problema que acontecer com o ciclista ou com a bike, a situação pode ficar complicada.
Os lugares que mais costuma pedalar é o trecho de ida a Itaporã e volta a Dourados, pela MS-156, bastante utilizada por ciclistas, ou o anel viário, partindo do trecho da rotatória da Reserva Indígena até o presidio Harry Amorim Costa.
De acordo com o jornalista, ida e volta de Itaporã é mais pesado e exige mais do corpo, principalmente nas conhecidas "subida da égua" e "do peixe", na volta de Itaporã. Com os resultados obtidos, Wellinton vai continuar com as pedaladas, para garantir qualidade de vida, já que a hipertensão e o diabetes não existem mais.