20/04/2014 07h47
Nesta terça-feira (22) começa, em todo o país, a Campanha Nacional de Vacinação Contra a Gripe. Realizada pelo Ministério da Saúde, em parceria com as secretarias estaduais e municipais de saúde de todo o país, a campanha tem como principal objetivo reduzir a mortalidade, as complicações e as internações que ocorrem em consequência das infecções pelo vírus da influenza nesta população.
Para escolher os grupos prioritários o Ministério da Saúde seguiu recomendação da Organização Mundial de Saúde (OMS).
Além das crianças de seis meses a menores de cinco anos, integram este grupo pessoas com 60 anos ou mais, trabalhadores de saúde, povos indígenas, gestantes, puérperas (até 45 dias após o parto), população privada de liberdade e os funcionários do sistema prisional. As pessoas portadoras de doenças crônicas não-transmissíveis ou com outras condições clínicas especiais, também devem se vacinar.
A vacina protege contra os três subtipos do vírus da gripe que mais circularam no inverno passado que são: Influenza A (H1N1); Influenza A (H3N2) e Influenza B.
Não, pois o resfriado é diferente de gripe. A vacina não imuniza contra o resfriado causado por outros vírus.
Entre 22 de abril e 9 de maio. No sábado (26), acontece o Dia “D” de Mobilização Nacional. Todos os postos de saúde estarão abertos para vacinação. O horário de funcionamento é das 8 às 17 horas, podendo ser alterado conforme definição da Secretaria Municipal de Saúde de cada localidade.
A vacina é contraindicada para pessoas com histórico de reação anafilática prévia em doses anteriores, bem como a qualquer componente da vacina ou alergia grave relacionada a ovo de galinha e seus derivados. No entanto aquelas pessoas com história de alergia a ovo, que apresentem apenas urticária após a exposição, podem receber a vacina da influenza mediante adoção de medidas de segurança em ambiente hospitalar. Recomenda-se observar a pessoa vacinada, pelo menos, por um período de 30 minutos em ambiente com condições de atendimento a reações anafiláticas.
Não. A vacina usada na campanha contra a gripe é segura e bem tolerada. Em poucos casos podem ocorrer manifestações de dor no local da injeção ou endurecimento.
Além disso, as pessoas que não tiveram contato anterior com os antígenos – substâncias que provocam a formação de anticorpos específicos – podem apresentar mal-estar, dor muscular ou febre. Todas estas ocorrências tendem a desaparecer em 48 horas.
Não. A vacina contra a influenza (gripe) é inativada, contendo vírus mortos, fracionados ou em subunidades não podendo, portanto, causar gripe. Quadros respiratórios simultâneos podem ocorrer sem relação causa-efeito com a vacina.
Não, a vacina previne contra a gripe e o antigripal é um medicamento para o alívio sintomático da gripe, usado para reduzir os efeitos causados pela doença.
A vacina de influenza tem por objetivo evitar os casos graves e os óbitos, e não eliminar a transmissão do vírus. Por isso, o Brasil, assim como todos os países que usam essa vacina, segue a recomendação da Organização Mundial da Saúde (OMS) de vacinar os grupos com maior vulnerabilidade para as complicações e os óbitos.
Na sua grande maioria, os casos de gripe são casos leves e que se resolvem espontaneamente, sem sequelas ou complicações. Entretanto, nos grupos mais vulneráveis, o caso pode se complicar e gerar outras doenças graves, como a pneumonia bacteriana.
São grupos que estão vulneráveis a contrair a gripe e desenvolver complicações, como pneumonia e até mesmo o óbito.
Este é um grupo vulnerável que ao contrair a gripe e outras doenças respiratórias pode desenvolver complicações e evoluir para o óbito. Principalmente quando consideramos as condições de habitação e confinamento a que são submetidos.
Protegendo a população privadas de liberdade, protege-se também outras as pessoas que estão em contato com este grupo, como os funcionários que trabalham nos presídios.
Este grupo esta dividido por categoria de risco clínico e indicação, conforme o quadro a baixo:
Doença respiratória crônica
Asma em uso de corticóides inalatório ou sistêmico (Moderada ou Grave);
DPOC;
Bronquioectasia;
Fibrose Cística;
Doenças Intersticiais do pulmão;
Displasia broncopulmonar;
Hipertensão arterial Pulmonar;
Crianças com doença pulmonar crônica da prematuridade.
Doença cardíaca crônica
Doença cardíaca congênita;
Hipertensão arterial sistêmica com comorbidade;
Doença cardíaca isquêmica;
Insuficiência cardíaca.
Doença renal crônica
Doença renal nos estágios 3,4 e 5;
Síndrome nefrótica;
Paciente em diálise.
Atresia biliar;
Hepatites crônicas;
Cirrose.
Condições em que a função respiratória pode estar comprometida pela doença neurológica;
Considerar as necessidades clínicas individuais dos pacientes incluindo: AVC, Indivíduos com paralisia cerebral, esclerose múltipla, e condições similares;
Doenças hereditárias e degenerativas do sistema nervoso ou muscular;
Diabetes
Diabetes Mellitus tipo I e tipo II em uso de medicamentos.
Imunossupressão
Imunodeficiência congênita ou adquirida
Imunossupressão por doenças ou medicamentos
Obesidade grau III.
Transplantados
Medula óssea.
Portadores de trissomias
Síndrome de Down, Síndrome de klinefelter, Sídrome de Wakany, dentre outras trissomias.
As pessoas com doenças crônicas podem se dirigir a qualquer um dos 65 mil postos de vacinação e também aos de Centros de Referencias de Imunobiológicos Especiais (CRIE). É importante que os doentes crônicos apresentem uma prescrição médica no ato da vacinação.
A vacina disponível atualmente não é recomendada para menores de seis meses porque os estudos científicos não demonstram qualidade da resposta imunológica para este grupo, ou seja, a proteção não é garantida.
Em adultos saudáveis, a detecção de anticorpos protetores se dá entre duas a três semanas após a vacinação. O pico máximo de anticorpos ocorre após quatro a seis semanas após a vacinação.
Nos postos do Sistema Único de Saúde (SUS), espalhados por todo o país. Estes postos estão situados em Unidades Básicas de Saúde (UBS). Recomendamos buscar o mais próximo de sua residência.
As vacinas distribuídas nesta campanha são fabricadas pelo Instituto Butantan e pela Sanofi Pasteur (fábrica dos Estados Unidos e da França).
É obrigatório apresentar a caderneta de vacinação? Não é obrigatória a apresentação da caderneta de vacinação, mas este documento é necessário para atualização de outras vacinas do calendário de vacinação.
Sim, a imunidade dura – após a vacina – de seis meses a um ano. A composição da vacina e produção é anual, podendo mudar conforme os vírus que circularam no ano anterior.
São causadas por diferentes subtipos do mesmo vírus da influenza. O subtipo A (H1N1) produziu a pandemia de 2009 e continua circulando como mais um dos subtipos do da influenza.
Os sintomas da gripe comum e H1N1 são parecidos e se confundem: febre repentina, tosse, dor de cabeça, dores musculares, dores nas articulações e coriza. A pessoa que apresentar algum desses sintomas deve procurar o serviço de saúde para receber o tratamento com o antiviral Oseltamivir, quando indicado.
Resfriado comum é uma infecção viral de sintomas mais brandos que a gripe e pode durar de dois quatro dias. Também apresenta sintomas relacionados ao comprometimento das vias aéreas superiores, como congestão nasal, secreção nasal (rinorréia), tosse e rouquidão.
A febre é menos comum e, quando presente, é de baixa intensidade. Outros sintomas também podem estar presentes, como mal-estar, dores musculares (mialgia) e dor de cabeça (cefaléia). Assim como na influenza, no resfriado comum também podem ocorrer complicações como otites, sinusites, bronquites e até mesmo quadros mais graves, dependendo do agente etiológico que está provocando a infecção.
Os principais agentes infecciosos do resfriado comum são os Rhinovírus (com mais de 100 sorotipos), os Coronavírus, os vírus Parainfluenza (principalmente o tipo 3), o Vírus Sincicial Respiratório, os Enterovírus e o Adenovírus.
A gripe é uma infecção viral, que se caracteriza pelo surgimento de febre alta, cefaléia, dores no corpo, mal-estar, tosse seca, dor de garganta e coriza. Este quadro pode perdura por sete a 10 dias.
O vírus é transmitido de pessoa a pessoa, principalmente por meio da tosse ou do espirro. Outra forma de transmissão é pelo contato com secreções respiratórias de pessoas infectadas ao tocar superfícies contaminadas e depois levar a mão ao rosto.
Para se prevenir, as pessoas devem ser orientadas a tomar alguns cuidados de higiene como: lavar bem, e com frequência, as mãos com água e sabão; evitar tocar os olhos, boca e nariz após contato com superfícies; não compartilhar objetos de uso pessoal e, ainda, cobrir a boca e o nariz com lenço descartável ao tossir ou espirrar. (Blog da Saúde)