Dourados
22/04/2014 08h09 - Atualizado em 22/04/2014 08h09
José Alberto Vasconcellos
Quando o pai do advogado Weimar Gonçalves Torres tomou posse num cargo público em Ponta Porã, viu-se compelido a fechar o jornal que ele fundara naquela cidade com o nome de “O Progresso”. Seu filho, Weimar vindo para Dourados trouxe consigo um ideal: publicar em Dourados aquilo que fora a paixão do seu pai José Rangel dos Passos Torres, um jornal com o mesmo nome, cujo ideal seria “Pensamento e ação por uma vida melhor.” A primeira edição foi no dia 21 de abril de 1951.
Primeiro como hebdomadário e depois diário. O sonho virou realidade e o jornal “O Progresso” nunca tartamudeou desde sua fundação, sempre cumpriu sua função de informar de maneira clara e democrática. Teve sempre presente seu ideal: “Pensamento e ação por uma vida melhor” e advogou, incansavelmente, até hoje e por 64 ANOS, as causas que beneficiaram nossa cidade que, com sua força evoluiu de uma freguesia para uma cidade pujante, recentemente eleita com a SEGUNDA cidade mais dinâmica e progressista do BRASIL, conforme noticiado na revista VEJA, edição n. 2.362, de 26.02.2014.
A luta foi longa e seu fundador, Weimar Torres, investido como o nosso primeiro Deputado Federal e seu cunhado, o professor Celso Müller do Amaral, como deputado estadual, muito fizeram no seu tempo pela cidade, tendo o jornal “O Progresso” como um arauto clamando pelo nosso desenvolvimento. Seu “slogan” então, já não era “Pensamento e ação por uma vida melhor”, mas “Ação ininterrupta por uma vida melhor!” Sobre a morte de seu fundador, o então Deputado Federal Weimar Torres, assim lembrou o ex-governador Pedro Pedrossian, no seu livro “O pescador de sonhos”, pág. 192, verbis: “Um acidente aéreo nos privaria de Weimar, deixando-nos consternados. O Estado perdia um dos seus grandes filhos.
A conduta da minha amiga Adiles do Amaral Torres, viúva de Weimar, provocaria nossa admiração. Em meio a tristeza, com a pequena Blanche no colo, entregou-se à luta de continuar o projeto do marido com invejável valentia e idealismo. Transformaria O Progresso, jornal fundado por Weimar, em moderna empresa e passaria a ser o grande veículo líder de vanguarda de Dourados, de seu povo e toda região.”
Com efeito, desde então a cidade cresceu, o jornal cresceu e, realmente, vem cumprindo seu papel de informar e divulgar as atividades econômicas aqui praticadas, que dão empregos e promovem o desenvolvimento urbano e regional em benefício do Estado e do País.
Temos que reconhecer, aquele jovem advogado que veio de Ponta Porá, tinha um ideal e a sua morte deu força ao ideal que agora já soma SESSENTA E QUATRO ANOS, demonstrando vigor, modernidade e importante abrangência regional, prestando inestimável serviço às comunidades que abraça com carinho e com a presteza responsável DAQUELES QUE JÁ PASSARAM DOS SESSENTA.
Para se fazer um jornal, é preciso os insumos – papel e tinta! Equipe dinâmica, interessada e fiel aos ideais da publicação; máquinas modernas para atender com presteza e dentro do prazo as edições programadas e… muito amor, dedicação e paixão com o que se faz, o tempo todo!
A feitura de um jornal cobra de quem o edita, além de amor e dedicação, FIBRA e DESPRENDIMENTO. É um sacerdócio profissional: ou professa-se integralmente o que se faz, ou não se produz nada! E essa dedicação é cobrada um dia atrás do outro, indefinidamente!
Assim, devemos manifestar reconhecidas homenagens, neste dia do aniversário do jornal. “O Progresso” àqueles que, nesses últimos SESSENTA E QUATRO ANOS viveram e conviveram com ele e venceram todos os obstáculos para mantê-lo de pé, moderno, dinâmico e extremamente útil à cultura, à economia, aos esportes e à cidade englobando-se aí toda a região cujos habitantes, diariamente, manipulam suas páginas.
Parabéns ao saudoso Deputado Weimar; parabéns à bacharel em ciências jurídicas, Adiles do Amaral Torres que mantém o timão firme e a proa do jornal safa para a felicidade geral dos douradenses! Parabéns aos jornaleiros, que nas madrugadas frias ou chuvosas, entregam com regularidade seus jornais, levando alegria aos leitores. Parabéns a vocês, o jornal também os agradece, temos certeza! Observe, por fim, que SESSENTA E QUATRO ANOS, não são SESSENTA E QUATRO DIAS, assimilou?
