28/04/2014 09h35 - Atualizado em 28/04/2014 09h35
PSDB e PT decidem quarta-feira se vão marchar unidos
As ausências do senador Delcídio do Amaral e dos deputados federais Vander Loubet e Antonio Carlos Biffi no 7º Encontro Regional do PSDB realizado sábado, na Câmara de Vereadores de Dourados, sinalizam que a heterodoxa aliança entre petistas e tucanos em Mato Grosso do Sul não vai vingar. A rigor, esse foi o fato novo do evento de Dourados em comparação aos outros realizados pelo PSDB em seis regiões de Mato Grosso do Sul. Em todos os encontros, o deputado federal Reinaldo Azambuja apresentou o relatório das pesquisas regionais socioeconômicas sempre ao lado de lideranças petistas - exceto Dourados.
Na próxima quarta-feira vence o prazo combinado entre Reinaldo e Delcídio para definir se os partidos marcharão juntos nas eleições de 5 de outubro com o petista candidato ao governo do Estado e o tucano ao Senado Federal. Até lá eles terão que ter o aval de seus diretórios nacionais.
O ex-deputado Valdenir Machado, a principal liderança tucana em Dourados e que no sábado voltou a defender a candidatura de Reinaldo ao governo, não acredita na aliança entre o PT e o PSDB em Mato Grosso do Sul. “Por mais que essa seja uma alternativa viável para vencer os candidatos majoritários do PMDB no Estado [Nelsinho Trad e Simone Tebet], minha experiência assopra que os interesses regionais não sobreporão aos nacionais”.
Para Valdenir, a união entre o PSDB e o PT no MS será um prato cheio para o candidato do PSB Eduardo Campos desqualificar a petista Dilma Rousseff e tucano Aécio Neves, seus dois principais adversários na corrida sucessória. “Seria um exemplo pronto e acabado para Campos defender junto ao eleitorado brasileiro que ele é o novo e que a disputa entre PT e PSDB não passa de jogo de cena, pois enquanto brigam lá em cima, namoram aqui em embaixo”, exemplifica. Ainda de acordo com o ex-deputado douradense, a partir de quinta-feira, 1º de maio, “tudo indica” que Reinaldo Azambuja trabalhará na costura de um forte arco de aliança partidária em torno de sua candidatura ao Governo do Estado. “Será uma alternativa viável aos projetos do PT e do PMDB já exauridos em Mato Grosso do Sul e que, ser for materializada ao lado do PSB do prefeito Murilo, dará a oposição ao governo Dilma um forte e representativo palanque em nosso Estado”, acredita Valdenir.