30/04/2014 10h44
Governo quer fortalecer financiamento às empresas de ambos os países, com crédito privado. Iniciativa visa impedir desemprego no setor.
O Brasil deverá adotar medidas para estimular as exportações para a Argentina, especialmente na área automobilística, informou na segunda-feira (28) o ministro da Fazenda, Guido Mantega, durante o evento Rumos da Economia, organizado pela editora Brasileiros, em São Paulo.
A idéia é alavancar o acordo automotivo entre os dois países, que vence no próximo dia 30 de junho e deve ser renovado.
Segundo Mantega, o governo brasileiro está negociando com os argentinos a redução de obstáculos para a exportação de automóveis, além de fortalecer o financiamento às empresas de ambos os países, em parceria com a iniciativa privada. Ele explicou que os estímulos são parte de uma política econômica para impedir o desemprego no setor.
De acordo com o ministro Fazenda, essa é uma forma de estimular indústrias que têm um peso no crescimento do Produto Interno Bruto (PIB).
“Neste momento, há uma dificuldade de exportar para Argentina, que é nosso principal parceiro automobilístico. Houve retração da exportação para um mercado importante”, declarou .
O ministro de Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (Mdic), Mauro Borges, também destacou a importância da celebração de acordos comerciais para dar maior competitividade à indústria.
Durante reunião com representantes da Federação das Indústrias de Minas Gerais (Fiemg), em Belo Horizonte, na sexta-feira (25), o ministro disse que representantes dos governos de Brasil e Argentina vão se reunir para retomar a discussão sobre uma linha de crédito para importação de produtos brasileiros.
Mauro Borges acredita que o acordo com a Argentina comece a ser costurado a partir de ontem terça-feira (29). "É preciso destravar instrumentos possíveis que dêem liquidez ao mercado de crédito bilateral e ao consumidor. Possivelmente na terça-feira teremos um acordo, já que as propostas estão bem estruturadas dos dois lados.
A proposta de crédito contempla todo o comércio bilateral, mas especialmente o setor automotivo, que representa 50%" do setor, completou. (Portal Brasil com informações da Agência Brasil e do Mdic)