19/05/2014 13h43
Brasil receberá verba específica para o programa de eliminação de hidroclorofluorcarbonos, encontrados principalmente em equipamentos de refrigeração.
Mais de U$ 1,8 milhão (R$ 4,3 milhões) serão usados em ações de proteção da camada de ozônio. O financiamento foi anunciado na quinta-feira (15), na 72ª Reunião do Comitê Executivo do Fundo Multilateral para Implementação do Protocolo de Montreal, no Canadá.
Segundo informações do Ministério do Meio Ambiente (MMA), a delegação brasileira presente no encontro internacional conseguiu a aprovação de dois programas para retirar de circulação as substâncias que destroem a camada de ozônio (SDOs). O Projeto Piloto para o Manejo e Disposição Final de Resíduos de SDOs receberá U$ 1,49 milhão (R$ 3,42 milhões) do FML.
Segundo o inventário do MMA, existem, no Brasil, mais de 60 toneladas de SDOs inservíveis, recolhidas na manutenção e descarte de produtos como os refrigeradores, principais responsáveis pela liberação dessas substâncias na atmosfera.
O projeto piloto prevê a criação de sistemas de armazenamento temporário e a adaptação de fornos de eliminação desses compostos químicos.
O Comitê Executivo do FML aprovou, também, a liberação de U$ 390 mil (R$ 897 mil) para a segunda etapa do Programa Brasileiro de Eliminação de Hidroclorofluorcarbonos (HCFCs), nocivos à camada de ozônio e encontrados, principalmente, em equipamentos de refrigeração e ar condicionado e na produção de espumas. O montante será usado no planejamento das próximas ações de eliminação dos HCFCs a partir de 2016, conforme o cronograma estabelecido pelo Protocolo de Montreal.
O MMA já desenvolve, com sucesso, a primeira etapa do Programa Brasileiro de Eliminação dos HCFCs (PBH). A ação consiste no congelamento do consumo dos hidroclorofluorcarbonos e na redução de 16,6% até 2015, em relação à linha de base verificada entre 2009 e 2010. (Ministério do Meio Ambiente)