26/05/2014 14h28
O ceratocone é uma doença degenerativa responsável por deformar a córnea. Nos casos mais graves, pode até provocar cegueira.
O estudante de 23 anos, Thierry Izuta, por exemplo, chegou a perder 70% da visão do olho esquerdo. Para combater a doença, ele procurou o Hospital de Olhos do Paraná onde recebeu uma nova córnea.
Thierry conta que o resultado do transplante foi um sucesso. “Depois que constataram realmente que eu tinha ceratocone e não tinha alternativa a não ser o transplante de córnea, aí eles me encaminharam para a central de transplantes e, em menos de uma semana, eu já estava fazendo o transplante, foi muito rápido. Desde a primeira consulta até hoje, porque ainda faço consulta lá, sempre fui muito bem atendido.
A minha vida melhorou 100%, totalmente, melhorou e estou agora trabalhando, vou tirar a carteira de motorista”, celebra o estudante.
De acordo com o coordenador do Sistema Nacional de Transplantes do Ministério da Saúde, Heder Borba, a espera pela chance de receber uma nova córnea praticamente não existe mais no SUS.
“Como em vários estados do Brasil essa lista de córnea já tende a zero, já foi zerada, há uma queda também do número de pessoas na lista de espera.
Hoje você tem Distrito Federal, São Paulo, Rio Grande do Sul, Paraná, Rio Grande do Norte e outros, esses estados já não tem mais lista de espera para transplante de córnea.
A pessoa se inscreve na lista, quinze, vinte dias depois, que é um tempo de preparação para qualquer cirurgia, esse paciente já recebe a sua córnea de maneira gratuita pelo Sistema Único de Saúde”, afirma Heder.
O coordenador do Sistema Nacional de Transplantes destaca ainda que o Brasil é referência mundial no campo dos transplantes, com 95% dos procedimentos realizados pelo SUS.
“De maneira geral, os órgãos sólidos, todos os transplantes têm crescido. No caso dos tecidos, que é córnea, pele, tecido ósseo também. Em relação ao número de transplantes, o Brasil é o maior sistema do mundo.
Do pondo de vista do financiamento público e da integralidade do atendimento é o único país do mundo em que nesse volume de transplantes realiza tudo, desde o financiamento da cirurgia até a preparação e o fornecimento dos imunossupressores até o fim da vida do paciente é o Brasil”, completa.
Nos últimos três anos, o número de pessoas aguardando por um transplante de órgão no Brasil caiu 36%. Atualmente, o Brasil tem 13,4 doadores de órgãos por milhão de pessoas. (Web Rádio Saúde / Agência Saúde)