04/06/2014 10h45
Flávio Verão
A direção do jornal O Progresso e a Universidade Federal da Grande Dourados (UFGD) lançaram na noite de ontem o projeto 'Preservação e divulgação do acervo do jornal O PROGRESSO". O evento, que contou com a participação de escritores, professores, estudantes, e amigos da família Amaral Torres, foi marcado pela exposição de 40 capas históricas do jornal, entre os anos de 1951, data de sua fundação, e 2012.
Quem compareceu a Galeria de Artes da UFGD pôde voltar ao passado e relembrar um pouco da história de Dourados. Através das capas históricas, os visitantes tiveram a oportunidade de conferir fatos marcantes de diferentes épocas.
"Como bibliotecária posso dizer que essa exposição trouxe todo um histórico do que Dourados já passou. Fiquei muito contente em relembrar fatos marcantes, principalmente porque eu sou da cidade, mas fiquei 15 anos fora e agora, ao retornar para o município, ter a oportunidade de recordar o passado", disse a bibliotecária. E parte do acervo histórico do jornal já é possível ser consultado no Centro de Documentação da UFGD, responsável pela digitalização das páginas do O PROGRESSO. Quase 50% do jornal já está digitalizado.
A diretora-presidente do O PROGRESSO, Adiles do Amaral Torres, recebeu os convidados na noite de ontem e durante discurso agradeceu a parceria da UFGD e toda a sociedade que ao longo dessas seis décadas tem acompanhado o trabalho do matutino. "Sou muita grata a todos os parceiros e a toda comunidade pela confiança e credibilidade de nosso trabalho", agradeceu.
O historiador Paulo Cimó, professor da UFGD e coordenador do projeto 'Preservação e divulgação do acervo do jornal O PROGRESSO" explicou que a exposição de 40 capas foi uma tarefa difícil, dada a grande quantidade de assuntos marcantes retratados nas páginas do jornal. "Não foi fácil selecionarmos somente 40 capas", disse o professor, ao considerar o jornal uma verdadeira biblioteca de Dourados e região.
Como a capa do jornal retrata os assuntos mais interessantes, a exposição de ontem teve como objetivo ressaltar os fatos mais marcantes ao longo de 64 anos de história, como a morte de Getúlio Vargas (1954), disco voador em Dourados (1955), Brasil campeão mundial de futebol (1958), a chegada do asfalto em Dourados (1966), luz e televisão em Dourados (1970), a chegada da internet (1995), dentre outros.
A estudante Samara Freitas, de 22 anos, nascida em Dourados, se disse encantada com a exposição. "As capas trazem fatos marcantes da cidade, da região e do país. É interessante ver um pouco daquilo que já aconteceu, principalmente em saber que determinada notícia era a mais comentada na época", disse ela, ao analisar a chamada "Chupa-cabras aterroriza a população de Jardim", de 1997. "Era o assunto daquela época, lembro porque eu era bem pequena, tinha 5 anos, e minha mãe falava muito do chupa-cabra e eu até tinha medo", recorda.
Após a apresentação da exposição e o lançamento do acervo digital, o poeta Emmanuel Marinho encantou o público com a apresentação de três músicas de seu mais novo trabalho, um CD a ser lançado em breve. Um coquetel encerrou a exposição de capas históricas e o lançamento do acervo digital. Também estiveram presentes no evento o vice-prefeito Odilon Azambuja, a vice-reitora da UFGD, Marlene Estevão Marchetti, o diretor da Faculdade Ciências Humanass da UFGD, João Carlos de Souza e a presidente da Academia Douradense de Letras (ADL), Odila Schwingel Lange.