11/06/2014 11h00
Ensaios conduzidos pela Fundação MS mostram o efeito do controle químico em lagartas pequenas do gênero Helicoverpa.
Os estudos foram realizados na estação experimental da instituição, em Maracaju. Com a utilização de determinados inseticidas, o grau de eficácia do controle ultrapassou a margem dos 80%, chegando a 100% depois de sete dias da aplicação em alguns casos.
“Diante dos resultados obtidos, é possível afirmar que há alternativas com boa eficiência disponíveis para o produtor rural”, destaca o pesquisador de fitossanidade, José Fernando Grigolli. Para a realização dos estudos, foi utilizado uma cultivar de soja transgênica, conduzida no sistema de plantio direto na palha.
“As avaliações foram feitas depois de 1, 4, 7, 10 e 14 dias após a aplicação do tratamento”, ressalta o pesquisador. Grigolli afirma que é importante observar que os resultados foram obtidos com lagartas pequenas. “São necessários estudos complementares para verificar a eficiência quando houver lagartas grandes”.
O produtor deve ficar atento com o momento ideal para a aplicação dos produtos, que depende do maquinário disponível na área.
No caso dos estudos realizados pela Fundação MS, as aplicações foram realizadas sempre no período da manhã, por volta das 7h30, com utilização de pulverizador. No momento, a soja estava em seu estágio R3, ou seja, a planta já estava com início de formação de vagens.
Grigolli destaca a importância do monitoramento constante da lavoura para o que controle seja feito no momento correto, com poucas lagartas e, de preferência, pequenas.
“A população deve se manter entre 2 a 4 lagartas por pano de batida na fase vegetativa e 1 lagarta por pano na fase reprodutiva. Caso isso seja observado, é recomendada a aplicação de inseticidas para o controle químico da praga”, salienta.
Grupo de Trabalho
As ações realizadas pela Fundação MS deram início ainda em 2013. Para isso, a Seprotur (Secretaria de Desenvolvimento Agrário, da Produção, da Indústria, do Comércio e do Turismo) coordenou um grupo de trabalho denominado “Helicoverpa armigera em Mato Grosso do Sul”, em conjunto com instituições como a Fundação Chapadão e Embrapa Agropecuária Oeste.
A partir disso, foi realizada coleta de mariposas em várias regiões do Estado, sendo identificada a presença de Helicoverpa armigera em amostras de Naviraí, Maracaju, São Gabriel do Oeste e Chapadão do Sul.
A espécie é polífaga, ou seja, se alimenta de diversas culturas como soja, sorgo, milho, tomate, algodão, entre outras. Por isso, a importância da constante avaliação de áreas e dos trabalhos realizados pelas instituições de pesquisas visando o controle desta praga.
Sato Comunicação