12/06/2014 10h44
Chefe de direitos humanos da ONU destaca aumento dos ataques e intimidação contra profissionais da mídia e da imprensa; somente neste ano, 15 jornalistas foram mortos por exercer a profissão.
A alta comissária da ONU para os Direitos Humanos defendeu que o jornalismo é vital em qualquer sociedade democrática.
Pillay destacou que a segurança dos jornalistas "é essencial para os direitos civis, políticos, econômicos, sociais e culturais de todos". Ela notou que nos últimos anos, cada vez mais profissionais da mídia são alvo de ataques violentos.
Impunidade
Desde 1992, mais de mil jornalistas foram assassinados por exercer a profissão. Segundo a alta comissária, somente neste ano, pelo menos 15 profissionais da área foram mortos. Pillay lamentou que em muitos países, os responsáveis ficam impunes e que um número cada vez maior de jornalistas enfrenta "violência, assédio e intimidação."
A alta comissária citou ainda sequestros, detenções arbitrárias, desaparecimentos forçados, vigilância ilegal, tortura, violência sexual contra mulheres jornalistas e outros tratamentos crueis e desumanos.
Investigação
Para Pillay, é preciso haver compromisso político para que profissionais da mídia possam realizar seu trabalho com segurança. Ela pediu também o fim da impunidade e investigação completa de todos os crimes contra jornalistas.
Vários órgãos da ONU, como a Assembleia Geral e o Conselho de Direitos Humanos já adotaram resoluções condenando ataques do tipo e pedindo aos países a garantia de um ambiente seguro para os jornalistas.
Já a Unesco desenvolveu um plano de ação que está sendo implementado em cinco nações, ainda na fase piloto: Iraque, Nepal, Paquistão, Sudão do Sul e Tunísia. Rádio ONU em Nova York.