21/06/2014 13h00
Além do cadastro é preciso observar outras condições para continuar recebendo o benefício.
Beneficiários do Bolsa Família devem ficar atentos com a atualização cadastral do programa, que pode comprometer os recebimentos. Foi o que aconteceu com Cleidemar Rosa da Silva.
Beneficiária há quase cinco anos, a empregada doméstica está com o benefício suspenso há dois meses. O motivo foi a não atualização do cadastro em 2013.
“Eu tinha entendido que não precisava fazer uma nova atualização no ano passado. Meu benefício foi bloqueado e eu só descobri quando fui sacar na Caixa Econômica Federal”, conta Cleidemar.
Em vez do saque no caixa eletrônico dos R$ 198 mensais que recebe pelos quatro filhos, foi emitido aviso que dizia “sua família não está autorizada a receber o benefício”.
Cleidemar ligou no número 156 para descobrir o motivo pelo qual não conseguia sacar e soube, então, que tinha sido a não atualização cadastral no período obrigatório.
“Agora tenho de ligar no começo do mês que vem e agendar uma visita ao Centros de Referência da Assistência Social (CRAS) de Planaltina, que é o mais perto para mim, e levar a documentação para regularizar a minha situação”, afirmou.
Para tirar dúvidas e obter novas informações sobre o cadastro, o beneficiário do Bolsa Família deve ligar para o 156, agendar uma visita ao CRAS ou comparecer à coordenação municipal do programa (que pode ser a própria prefeitura). Estas providências evitam que o benefício seja suspenso ou até mesmo cancelado.
Para continuar recebendo o Bolsa Família, há outras condições além da atualização do cadastro, como cumprir a frequência escolar dos dependentes de 6 a 17 anos e, no caso das gestantes, realizar exames pré-natal.
De acordo com o Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS), cerca de 900 famílias corriam o risco, ano passado, de terem seus benefícios cancelados por descumprirem as condicionalidades.
Tais famílias passaram a receber acompanhamento para regularizar a situação e evitar a perda do benefício. Dados do MDS apontam que, ao todo, existem 17 mil famílias atendidas pelo programa em acompanhamento familiar.
O processo é ativo: a prefeitura vai atrás da família para saber o que está ocorrendo e a coloca no acompanhamento familiar. O coordenador geral de Condicionalidades do MDS, Marcos Maia, ressalta que “o cancelamento por descumprimento de condicionalidades deve ser exceção e não regra”.
Acesso o site da Agência Caixa de Notícias e do Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome para mais informações sobre as condicionalidades do Bolsa Família. (Agência Caixa de Notícias)