26/06/2014 07h26
Em maio a categoria totalizou R$1.311 bilhões, crescimento de 1,3% no período,
O Banco Central do Brasil divulgou, ontem quarta-feira (25), nota, com dados até maio de 2014, sobre política monetária e operações de crédito do sistema financeiro nacional.
Entre os destaques da publicação do BC estão o crescimento do crédito a pessoas físicas em 12 meses; 14,7%. Em maio a categoria totalizou R$1.311 bilhões, crescimento de 1,3% no período.
Ainda sobre o crédito, a modalidade imobiliária para as pessoas físicas e jurídicas apresentou expansão de 2,5% no mês. Nos últimos 12 meses, o crescimento foi de 30,9%. O saldo apresentado foi de R$440 bilhões, que equivale a 8,8% do PIB. Em maio de 2013, a equivalência foi de 7,4%.
Outro destaque, o saldo total de empréstimos e financiamentos aumentou 12,7% em 12 meses. Em maio, o total dessa categoria registrou R$2,804 bilhões, elevação de 1% no mês.
Em relação às taxas de juros, segundo o BC, os empréstimos a pessoas físicas apresentaram crescimento de 0,2 pontos percentuais na taxa média de juros em maio. Em 12 meses, esse aumento foi de 3,9 p.p.
Sobre os índices de inadimplência, o resultado no crédito às famílias foi de 4,5%. Às empresas, o resultado apresentado foi de 2%. Considerando operações com atrasos superiores a noventa dias, foi apresentado resultado de 3,1%; crescimento de 0,1 p.p. Em 12 meses, houve redução de 0,5 p.p. em doze meses.
O saldo total de empréstimos e financiamentos, incluindo recursos livres e direcionados, alcançou R$2,804 bilhões em maio, após elevações de 1% no mês e 12,7% em doze meses, correspondendo a 56,1% do PIB, ante 56% em abril e 54,5% em maio de 2013.
Os créditos a pessoas físicas totalizaram R$1.311 bilhões, crescendo 1,3% no mês e 14,7% em doze meses, e os destinados a pessoas jurídicas, R$1.493 bilhões, expandindo-se 0,7% e 11,1%, nos mesmos períodos.
O saldo das operações com recursos livres, correspondendo a 54% da carteira total do sistema financeiro, alcançou R$1,513 bilhões em maio, com variações de 0,7% no mês e 5,7% em doze meses.
O resultado mensal traduziu a elevação de 0,7% na carteira de pessoas jurídicas e de 0,6% na de pessoas físicas, totalizando, respectivamente, R$757 bilhões e R$756 bilhões.
No segmento corporativo, destacaram-se os crescimentos em capital de giro, adiantamentos sobre contratos de câmbio e financiamentos a exportações, enquanto nas operações com famílias, a variação foi impulsionada, principalmente, pelos aumentos no crédito consignado e no cartão de crédito à vista.
O crédito direcionado atingiu saldo de R$1,291 bilhões em maio, ao crescer 1,3% no mês e 22,3% em doze meses. Os financiamentos a pessoas físicas elevaram-se 2,2% no mês, com saldo de R$554 bilhões, mantendo desempenho expressivo os financiamentos imobiliário e rural.
Os créditos direcionados para empresas somaram R$737 bilhões, após aumento mensal de 0,6%, influenciado pelas variações nas carteiras de imobiliário com taxas de mercado e financiamentos para investimentos com recursos do BNDES.
Consideradas as operações com recursos livres e direcionados, os empréstimos ao setor privado avançaram 1% no mês, situando-se em R$2.636 bilhões em maio.
O crédito imobiliário para as pessoas físicas e jurídicas mostrou expansão de 2,5% no mês e 30,9% em doze meses, ao atingir saldo de R$440 bilhões, equivalente a 8,8% do PIB, ante 7,4% em maio de 2013.
Os créditos para a indústria, impulsionados pelos ramos de alimentos e bebidas e construção, somaram R$522 bilhões, elevando-se 0,9% no mês. O crédito rural cresceu 1,8% no mês e 33,3% em doze meses, alcançando R$236 bilhões.
A taxa média de juros das operações de crédito do sistema financeiro, consideradas as operações com recursos livres e direcionados, atingiu 21,4% a.a. em maio, avançando 0,3 p.p. no mês e 3,3 p.p. em doze meses.
No crédito com recursos livres, o custo médio elevou-se para 32% a.a., após aumentos de 0,3 p.p. no mês e de 6,2 p.p. em relação a maio de 2013. No segmento com recursos direcionados, a taxa média alcançou 8,4% a.a., apresentando elevações de 0,4 p.p. e 1,5 p.p. nas mesmas bases de comparação.
Nos empréstimos a pessoas físicas, a taxa média de juros subiu 0,2 p.p. no mês e 3,9 p.p. em doze meses, ao registrar 27,9% a.a.
No segmento com recursos livres, a taxa média situou-se em 42,5% a.a., após elevação mensal de 0,5 p.p. As operações com recursos direcionados apresentaram custo médio de 7,9% a.a., após aumento de 0,2 p.p. no mês.
Nos empréstimos às empresas, a taxa média alcançou 16,3% a.a., após elevações de 0,3 p.p. no mês e de 2,8 p.p. em doze meses.
Nas operações com recursos livres, o custo médio elevou-se 0,1 p.p. no mês, situando-se em 23% a.a. No segmento com recursos direcionados, a taxa média atingiu 8,7% a.a., assinalando avanço de 0,4 p.p. no mês.
O spread bancário das operações de crédito, consideradas as operações com recursos livres e direcionados, alcançou 12,9 p.p. em maio, apresentando elevações de 0,4 p.p. no mês e de 1,7 p.p. em doze meses.
Os spreads relativos aos segmentos de pessoas jurídicas e físicas atingiram 8,2 p.p. e 18,8 p.p., respectivamente.
A inadimplência do sistema financeiro, referente a operações com atrasos superiores a noventa dias, considerando-se as operações com recursos livres e direcionados, situou-se em 3,1%, com aumento de 0,1 p.p. no mês e redução de 0,5 p.p. em doze meses. A inadimplência situou-se em 4,5% no crédito às famílias e em 2% no crédito às empresas.
Nas operações com recursos livres, o indicador alcançou 5%, após elevações de 0,2 p.p. nos empréstimos a pessoas físicas e a pessoas jurídicas, cujas taxas de inadimplência situaram-se em 6,7% e 3,5%, respectivamente, enquanto no crédito direcionado, manteve-se em 1,1%.
A base monetária apresentou média dos saldos diários de R$222,9 bilhões em maio, recuando 1% no mês, mas elevando-se 7,2% em doze meses. A variação mensal refletiu a redução de 1,4% no papel-moeda emitido e o crescimento de 1,1% nas reservas bancárias.
Entre os fluxos mensais dos fatores condicionantes da emissão monetária, destacaram-se as operações do Tesouro Nacional e os ajustes nas operações com derivativos, com impactos contracionistas respectivos de R$4,9 bilhões e R$2,2 bilhões.
Contribuíram no sentido expansionista, as compras líquidas de divisas no mercado interbancário, R$3,4 bilhões, e a atuação do Banco Central no ajuste da liquidez do mercado monetário, com R$ 827 milhões.
O saldo médio diário dos meios de pagamento restritos (M1) atingiu R$306,1 bilhões em maio, após retração mensal de 2%, correspondente aos declínios de 2,9% nos depósitos à vista e de 1% no papel-moeda em poder do público. O crescimento acumulado do M1 em doze meses situou-se em 5,3%.
O saldo dos meios de pagamento no conceito M2, que corresponde ao M1 mais depósitos de poupança e títulos privados, registrou recuo de 0,1% em maio, totalizando R$2 trilhões. Essa variação refletiu, sobretudo, o decréscimo de 1,7% no saldo do M1.
Os títulos privados permaneceram estáveis, alcançando R$1,1 trilhão, após resgates líquidos de R$ 2,6 bilhões em depósitos a prazo. O saldo dos depósitos de poupança cresceu 0,6%, somando R$ 620 bilhões, com captações líquidas de R$ 2,3 bilhões.
O M3, que compreende o M2, as quotas de fundos de renda fixa e os títulos públicos que lastreiam as operações compromissadas entre o público e o setor financeiro, expandiu-se 0,8% no mês, totalizando R$ 3,9 trilhões.
O saldo das quotas de fundos de renda fixa cresceu 1,9% no período, atingindo R$1,8 trilhão, após captações líquidas de R$ 9,5 bilhões.
O M4, conceito que compreende o M3 e os títulos públicos de detentores não financeiros, apresentou elevação de 0,7% no mês e de 7,6% nos últimos doze meses, totalizando R$ 4,6 trilhões. (Banco Central)