04/07/2014 08h28 - Atualizado em 04/07/2014 08h28

Mário César é reeleito com 26 votos para presidir Câmara

Apenas uma vereadora votou contra e dois colegas não participaram da eleição da mesa diretora na Capital para biênio 2015/2016

Elvio Lopes

O vereador Mário César Oliveira da Fonseca (PMDB), de 49 anos, foi reeleito no final da manhã de ontem para presidir a Câmara Municipal de Campo Grande para o biênio 2015/216, em eleição realizada com tranqüilidade e que consolidou seu trabalho como presidente nos últimos 18 meses e durante o processo de cassação do ex-prefeito Alcides Bernal (PP).

Com apenas o voto contrário da vereadora Luiza Ribeiro (PPS), que defende alternância no cargo – que vem sendo ocupado por integrantes do PMDB nos últimos 24 anos – e as ausências dos vereadores Otávio Trad (PT do B) e Derly dos Reis de Oliveira, o Cazuza (PP) a eleição para a 9ª Legislatura da Câmara Municipal, o atual presidente obteve 26 votos favoráveis.

A nova mesa diretora, que vai assumir em 1° de janeiro do ano que vem, além do presidente Mário César, é formada pelo vice-presidente Flávio César Mendes de Oliveira (PT do B); 2ª vice-presidente, Thaís Helena Vieira Rosa Gomes (PT); 3° vice-presidente, Paulo Pedra (PDT); primeiro secretário, Vanderlei Pinheiro de Oliveira, o Deley Pinheiro (PSD); segundo secretário, Carlos Augusto Borges, o Carlão (PSB) e terceiro secretário, Waldecy Batista Nunes, o Chocolate (PP).

O quorum para eleição da Mesa Diretora, em sessão extraordinária realizada por volta de 12h de ontem, logo após a sessão ordinária, era de maioria absoluta, ou seja, superando o mínimo de 15 votos favoráveis e que garantiu Mário César por mais dois anos à frente do Legislativo da Capital.

Após a contagem dos votos, o presidente reeleito foi cumprimentado pelos seus pares, entre os quais Francisco Almeida Telles, o Chiquinho Telles (PSD), que destacou a atenção da Câmara Municipal para com as lideranças comunitárias, pela realização das sessões nos bairros e distritos, como ocorreu na terça-feira em Anhanduí, a 50 quilômetros da Capital.

Para o primeiro secretário eleito ao biênio 2015/16, Deley Pinheiro, a reeleição de Mário César representa a autonomia do Legislativo diante dos poderes executivos Municipal e Estadual e até o ex-governador, José Orcírio Miranda dos Santos, o Zeca do PT, elogiou o peemedebista reeleito, pela humildade e por buscar a composição para resolver os assuntos da Casa de Leis.

DISCURSO

Após ser reconduzido à presidência da Câmara Municipal de Campo Grande, Mário César o fortalecimento, a credibilidade e a aproximação com a população alcançados pelo Poder Legislativo durante seu mandato como presidente. “Quero agradecer primeiramente a Deus por essa oportunidade e agradecer a confiança de cada um dos vereadores”, afirmou, lembrando que tinha como projeto sair candidato a deputado estadual e que foi surpreendido pelos vereadores para que repensasse essa decisão e continuasse na presidência da Casa de Leis.

“Esse um ano e meio de mandato como presidente da Câmara não foi fácil. Comecei meu mandato já com a turbulência do despejo da Câmara no dia 18 de janeiro de 2013, sem saber para onde iríamos. Mas Deus vai nos abençoando, mostrando nosso caminho e conseguimos reverter aquela situação”, avaliou o presidente reeleito.

Ele também fez questão de citar outra turbulência, com o não entendimento da harmonia entre os poderes Executivo e Legislativo e que afirma ter sido a melhor coisa que aconteceu. “A Câmara tem dado exemplo, com a valorização do trabalho de cada um dos vereadores em democratizar essa Casa. Aqui cada vereador poder colocar suas ideias, suas convicções, individual e partidariamente”, ressaltou.

Lembrando do processo de cassação de Alcides Bernal, Mário César disse que, “em 114 anos de Campo Grande nunca vimos isso, passamos por um processo de aprendizado, conseguimos mostrar que nós estávamos certos e mostramos para Campo Grande que aquilo que nós queríamos nós conseguimos, ou seja, fazer Campo Grande retomar seu desenvolvimento, ser aquela capital que todos sonhávamos. Campo Grande sempre teve o privilégio de ter bons prefeitos” e concluiu dizendo que “ninguém sabe o que sofremos nos últimos 15 meses da legislatura passada”.