10/07/2014 08h25 - Atualizado em 10/07/2014 08h25
Leonel Jonas
Os trabalhadores em Educação podem não voltar aos trabalhos no segundo semestre do ano letivo. De acordo com o Sindicato Municipal dos Trabalhadores em Educação em Dourados (Simted), os professores e funcionários da área administrativa já têm conhecimento da greve e não voltarão às salas de aulas, marcada para o dia 15 de julho. No dia 14 deste mês, a diretoria do Simted se reúne com a secretária de Educação, Marinisa Mizoguchi, para tentar evitar a paralisação.
Segundo João Vanderly Azevedo, presidente do Simted, o governo municipal não vem cumprindo com os acordos firmados com os trabalhadores da Educação.
“Até o presente momento, professores da rede municipal não receberam nenhum reajuste salarial e Dourados não tem cumprido com a lei nacional do piso que garante R$ 1.697,00 para uma carga horária de 40 horas.
A categoria reivindica este valor para uma carga horária de 20 horas, como já se aplica em Campo Grande. O grupo administrativo também não recebeu nenhum reajuste até o presente momento”, informou João Vanderly.
Caso as negociações não avancem, o período de paralisação terá início com uma assembleia, a partir das 7h da manhã, na sede do sindicato. “O governo já deveria ter concedido 8,32% para o magistério e 6,15% para o administrativo, uma vez que isto passou por negociação coletiva e que a data base era abril. Diante dos fatos, a categoria não tem encontrado motivação para continuar a exercer suas funções” salientou o presidente do Simted.
Mesmo com o comunicado de paralisação, a secretária de Educação, Marinisa Mizoguchi, está otimista quanto ao entendimento com os profissionais de educação e, dessa forma, evitar a paralisação anunciada pelo sindicato.
Segundo Marinisa, as negociações sobre as reivindicações dos professores estão em andamento há vários dias e nesta quarta-feira houve nova rodada de conversa.
Representantes da Federação dos Trabalhadores em Educação de Mato Grosso do Sul (Fetems) acompanham as negociações.
“Já está marcada para o dia 14 a próxima audiência para continuarmos com as negociações. Entre as reivindicações dos professores, tudo o que estiver amparado pela lei será atendido e estamos confiantes de que as aulas serão retomadas normalmente na terça, dia 15”, conclui Marinisa.