12/07/2014 12h27
Cerca de 38 milhões de pessoas morrem todo ano por essas enfermidades; 85% dos óbitos prematuros provocados por estas doenças occorrem em países em desenvolvimento.
A Organização Mundial da Saúde, OMS, lançou na quinta-feira, um relatório sobre doenças crônicas. O documento mostra que males como câncer, diabetes e doenças cardíacas e pulmonares matam 38 milhões de pessoas por ano em todo o mundo.
Segundo o relatório, os problemas cardíacos representam o maior número de mortes por doenças crônicas, que causam 74% das mortes no Brasil.
O câncer concentra 17% dos óbitos enquanto diabetes e doenças pulmonares matam 6% dos pacientes.
A diretora-geral da OMS, Margaret Chan, falou nesta quinta-feira sobre o relatório na Assembleia Geral das Nações Unidas, em Nova York.
A chefe da agência da ONU contou que dados recentes indicam que 85% das mortes prematuras causadas por doenças crônicas ocorrem em países em desenvolvimento, e que os desafios provocados por estas doenças são "enormes".
Ainda de acordo com Chan, o fato de as doenças crônicas terem ultrapassado as infecciosas como a principal causa de mortalidade no mundo tem "profundas consequências".
Apesar de alguns avanços desde 2011, o relatório mostra que, em geral, este progresso tem sido insuficiente e desigual.
Mais de sete em cada 10 pessoas que morrem de doenças crônicas vivem em países em desenvolvimento.
De acordo com o documento, o número de países que estão monitorando os maiores fatores de risco, como o uso de tabaco, hábitos alimentares pouco saudáveis, sedentarismo e uso prejudicial do álcool, dobrou desde 2010.
Mais de 190 governos concordaram com um plano de ação da OMS para pôr fim à epidemia e reduzir o número de mortes prematuras por doenças crônicas em 25% até 2025.
Nesta semana, representantes de vários países estão reunidos na sede da ONU para rever avanços da prevenção e controle de doenças crônicas nos últimos anos e discutir a questão. (Rádio ONU em Nova York)