Dourados
14/07/2014 13h00
Condições climáticas desfavoráveis no início da safra 2014/2015 e colheita de cana-de-açúcar que ainda não estava no ponto de corte por conta da geada ocorrida nas regiões produtoras ainda ano passado, fizeram com que a quantidade de matéria-prima moída pelas usinas e a qualidade fossem baixas até a segunda quinzena de junho. A avaliação é do presidente da Associação dos Produtores de Bioenergia de Mato Grosso do Sul (Biosul), Roberto Hollanda.
Segundo a Biosul, em razão dos fatores citados por Hollanda, o volume processado de cana-de-açúcar pelas usinas do estado no acumulado do início da safra até o fim de julho foi de 11,98 milhões de toneladas, o que representa um percentual 3,96% menor do que o registrado pela entidade no mesmo período do ano passado durante a colheita da safra 2013/2014.
Com menor quantidade de cana disponível e com matéria-prima de menor qualidade, o processamento de açúcar caiu 24,45% nesta temporada em relação a anterior, passando de 409 mil toneladas para 309 mil toneladas.
Em contrapartida, a fabricação de etanol teve um discreto aumento de 0,40% na comparação deste mesmo período das duas safras, atingindo neste ciclo os 650 milhões de litros, sendo 159 milhões de litros de anidro e 491 milhões de litros de hidratado.
De acordo com Hollanda, a expectativa e que partir deste mês o andamento da safra entre em seu ritmo normal, se não houver nenhum contratempo climático, de modo que se cumpra a previsão do início de ciclo no estado, que é de crescimento de 6,7% do volume moído, subindo de 41,4 milhões de toneladas para 44,3 milhões de toneladas. (Agrodebate)