18/07/2014 17h52 - Atualizado em 18/07/2014 17h52
Flávio Verão
Uma semana após os servidores da saúde básica irem às ruas protestar contra salários atrasados, falta de reajuste e cobrar mais investimentos, agora foi a vez do setor da educação. Professores e administrativos da rede municipal ocuparam a avenida Marcelino Pires no final da tarde desta sexta-feira.
Em greve há três dias, os professores recusaram proposta da Prefeitura que ofereceu reajuste inflacionário de 8,32% para professores e de 6,15% para os administrativos a partir de julho, retroativo a abril. O retorno das aulas após o período de férias escolares foi nesta quinta-feira, no entanto, cerca de 60% das escolas não receberam os alunos.
Os servidores da educação tiveram o apoio, durante o manifesto, de profissionais da saúde, que ainda aguardam negociação da prefeitura. Eles também prometem greve. "Temos que lutar pelos nossos direitos, pela melhoria na saúde, na educação. Queremos a população sendo bem atendida e os profissionais valorizados", disse durante discurso Berenice de Oliveira, presidente do Conselho Municipal de Saúde.
Com carro de som, faixas e cartazes, o protesto dos professores durou pouco mais de uma hora, se encerrando por volta das 18h. De acordo com o presidente do sindicato dos professores, João Vanderley Azevedo, a greve é por tempo indeterminado. Durante a passeata ele criticou a postura da Secretaria de Educação que pede para os pais enviarem os filhos para as escolas.
Conforme apurou o Dourados Agora pouco mais da metade das escolas municipais não tiveram aula nesta quinta e sexta-feira. Semana que vem, a categoria volta a se reunir para definir os rumos da greve.
Em entrevista ao Dourados Agora, a secretária Marinisa Mizoguchi disse que a greve é ilegal e que a prefeitura pode contratar professores para lecionarem no lugar dos grevistas. Disse ainda que entrará com ação na justiça contra o Simted.
O Simted, por sua vez, alega que a greve é legal e diz que, na paralisação do ano passado, a prefeitura também utilizou o mesmo argumento, com liminar na justiça para cessar o movimento, mas no julgamento do mérito da ação, a mesma foi julgada improcedente, sendo a greve julgada legítima.