01/08/2014 08h16 - Atualizado em 01/08/2014 08h16
Douradosagora
Acidente mata mais um indígena na Perimetral Norte. Segundo a polícia, Isaías Brites, de 42 anos, seguia ontem numa bicicleta em companhia do irmão quando tentou atravessar a pista e foi atropelado por um veículo Citroen com placas de Dourados, conduzido por um homem de 40 anos.
Socorristas dos Bombeiros e da equipe Alfa do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) estiveram no local e conduziram Isaias para o Hospital da Vida.
Ele foi internado em estado grave, vítima de traumatismo craniano, e morreu ontem por volta das 21 horas. Esta seria a sexta morte ocorrida naquele trecho, nos últimos dois anos. A Polícia Civil abriu inquérito para apurar o caso.
No domingo, dia 20 de julho, a caiuá Lenilza Nunes Fernandes, foi atropelada na perimetral e morreu um dia depois, após sofrer sete paradas cardíacas, em hospital de Dourados. Foi a gota d´água. Os indígenas fecharam a rodovia e foram à capital negociar redutores de velocidade para as quatro entradas da Aldeia Bororó, cortadas pelo anel viário.
A comunidade reivindica redutores de velocidade nas imediações das quatro entradas da Bororó. A aldeia é dividida pela rodovia dos bairros Monte Carlo e Santa Fé. Diariamente, para irem ao centro de Dourados, os indígenas entram por esses bairros nos mais diferentes meios de transportes - a pé, bicicleta, carroça, carro e motocicleta.
A perimetral norte inicia no entroncamento da BR-163, de acesso a Fátima do Sul, corta a MS-156 e segue até o entroncamento da rodovia Guaicurus, de acesso à Cidade Universitária e aeroporto. De lá ela segue até a BR-463, de acesso a Ponta Porã e região sul do Estado. São pouco mais de 20 km de perimetral e parte dela passa por dentro das aldeias Bororó e Jaguapiru, onde não há nenhum tipo de redutor de velocidade.