06/08/2014 16h13 - Atualizado em 06/08/2014 16h13
Coordenadora pedagógica orienta pais a atualizarem cadastro das pessoas autorizadas a retirar os filhos nos Ceims e de comunicar troca de número de celular
Flávio Verão
A falha na comunicação de um pai ontem em Dourados fez com que ele acionasse a polícia e o Conselho Tutelar sobre um suposto sequestro de sua filha, num Ceim de Dourados. Ao retirar a menina da unidade, no final da tarde, ele foi informado pela coordenadora que a criança já tinha sido entregue. A partir daí ele entrou em desespero, pois durante a semana quem estava responsável de retirar a filha era o seu irmão, que não pôde ir mais. Acontece que ele havia contratado uma babá, mas se esqueceu.
O caso aconteceu no Parque das Nações I e chegou a ser registrado na delegacia. A coordenadora que atendeu o pai não sabia que a monitora da escola tinha entregue a menina à babá e o suposto sequestro só foi desvendado após a monitora ser consultada. Até lá a polícia já havia sido comunicada. A criança estava com a babá na casa dela.
De acordo com a coordenadora pedagógica do núcleo infantil da Secretaria de Educação, Ivanete Alves Nunes, o caso não passou de um ato falho de comunicação. "A babá já havia pegado a criança no Ceim outras vezes, por isso que a menina foi entregue a ela pela monitora. Acontece que o pai esqueceu", explica Ivanete.
Ao matricular a criança no Ceim, segundo ela, o responsável preenche uma ficha com os dados contendo endereço, telefones de contato e o nome de até quatro pessoas que podem recolher o estudante no Ceim. "São para essas pessoas que o Ceim entrega", diz a coordenadora da Secretaria de Educação.
Professora há mais de 15 anos, Ivanete diz que os Ceims tomam todo um cuidado na hora de entregar as crianças aos responsáveis. "Os pais têm entrada livre nos Ceims para se informarem sobre mudança na educação, bem como para dialogarem com professores e a direção", acrescenta Ivanete.
Com o dia a dia de trabalho agitado, muitos pais esquecem de atualizar os dados, como telefone e responsáveis pela retirada dos filhos. Há casos, segundo ela, que o Ceim precisa entrar em contato com os pais, que muitas vezes trocaram de número de celular e não avisaram a instituição escolar.