11/08/2014 10h26
Os aumentos graduais no salário mínimo contribuem para reduzir a desigualdade e não impactam negativamente no mercado de trabalho, afirmou a secretária executiva da Comissão Econômica da ONU para a América Latina e o Caribe (CEPAL), Alicia Bárcena, durante fórum sobre o tema na quinta-feira (07), na Cidade do México.
“A política de salário mínimo tem um potencial enorme para melhorar os ingressos dos menos favorecidos, promover a igualdade e fortalecer a demanda interna para contribuir com o desenvolvimento econômico”, frisou a secretária executiva.
Estudos da CEPAL sobre Argentina, Brasil, Chile e Uruguai indicam que a melhoria no salário mínimo se traduz na queda da desigualdade, sem afetar negativamente o emprego, dado que nestes países o aumento dos salários ocorreu em conjunto a um crescimento e forte formalização do mercado laboral.
O vice-secretário executivo da CEPAL, o brasileiro Antonio Prado, sublinhou que as políticas de salário mínimo na região deveriam usar como base um incremento progressivo e coerente com as políticas macroeconômicas, produtivas e de crédito.
Para isso, propôs que os países façam pactos sociais para promover a igualdade no mundo laboral que incluam programas orientados a reduzir as brechas de produtividade, de ingressos laborais e da qualidade de emprego.(ONU)