12/08/2014 08h56 - Atualizado em 12/08/2014 08h56
Candidato à presidência falou sobre corrupção, mensalão e PT e PSDB
da Redação, com Globo.com
O candidato a presidência da República, Aécio Neves (PSDB) disse em entrevista ontem (11) no Jornal Nacional, da Rede Globo, que, se eleito, não vai acabar com o Bolsa Família, mas tem a intenção de aprimorar o programa. Neves falou sobre corrupção no PT e PSDB e de Mensalão. “Eu não só vou continuar com o Bolsa Família, como eu quero que, além da privação da renda, as pessoas que o recebem possam ter uma ação do Estado para que outras carências, de saneamento, de educação, de segurança, possam também ser sanadas”, afirmou.
Crítico do caso do mensalão do PT, Aécio foi perguntado sobre a diferença entre o escândalo petista e o caso do mensalão do PSDB, partido do qual faz parte, e disse que a diferença é enorme simplesmente por conta da condenação, que existiu no Partido dos Trabalhadores.
“Não vou prejulgar. O que eu posso garantir é que, no caso do PSDB, se alguém eventualmente for condenado, não será, como foi no PT, tratado como herói nacional, porque isso deseduca”, afirmou.
PROPOSTAS Como foco da entrevista, o candidato disse que o governo dele terá ‘previsibilidade’. “Ninguém espere no governo Aécio Neves um pacote A, um PAC disso, um PAC daquilo ou algum plano mirabolante”, disse.
Neves foi perguntado sobre a defasagem nos preços das tarifas de energia elétrica e gasolina, e se tomaria providências quanto a isso. “É óbvio que vamos ter que viver um processo de realinhamento desses preços. Quando e como? Obviamente quando você tiver os dados sobre a realidade do governo é que você vai estabelecer isso. Eu não vou temer tomar aquilo que seja necessário – as medidas necessárias – para controlar a inflação, retomar o crescimento e principalmente a confiança perdida no Brasil”, declarou.
Outro ponto destacado na entrevista, foi a pretensão de Aécio Neves de ‘enxugar’ o Estado, com a redução do número de ministérios – atualmente com 39 pastas.
ROL
Os candidatos à Presidência da República que ocupam as quatro primeiras posições nas pesquisas de intenção de voto concederão nesta semana entrevistas de 15 minutos cada um ao JN. Nesta terça (12), será a vez de Eduardo Campos (PSB); na quarta (13), a de Dilma Rousseff (PT); e, na quinta (14), a de Pastor Everaldo (PSC). A ordem das entrevistas foi definida por sorteio, com a presença de representantes dos partidos. Foram escolhidos para as entrevista os candidatos com pontuação igual ou superior a 3% nas mais recentes pesquisas dos institutos Ibope e Datafolha.