15/08/2014 09h07 - Atualizado em 15/08/2014 09h07
A PMA orienta que a população não tente pegar ou mexer com os animais e, muito menos, matá-los
Luiz Radai
Um animal silvestre foi encontrado por moradores do jardim Pelicano na manhã desta sexta-feira na rua Ponta Porã, próximo a escola Celso Muller do Amaral, região nordeste de Dourados. O bicho estava já sem vida sobre a calçada em frente a uma das residências.
De hábitos noturnos, o animal sempre busca alimentos e, segundo a Polícia Militar Ambiental, tem apresentado certo grau de infestação em Dourados. Nas últimas semanas ocorrências de aparição de gambás foram registradas na cidade, um delas em uma escola, quando foi recolhido um casal.
O animal encontrado pode ter sido atropelado. Caso comum que acontece com estes bichos nas cidades, quando são, frequentemente, atropelados por terem a visão ofuscada pelos faróis e por terem pouca mobilidade.
A PMA orienta que a população não tente pegar ou mexer com os animais e, muito menos, matá-los. “É necessário que seja acionada a Polícia Ambiental e vamos recolher os animais e solta-los em habitats mais recomendados para eles”, disse o soldado que atendeu a reportagem.
A informação de populares condiz com a versão da PMA, o animal era visto constantemente pelas ruas do bairro, à noite, procurando alimento. Perto do local, existe um grande terreno baldio que pode ser o local de moradia do gambá.
Segundo site sobre o assunto, os gambás não vivem em grupos, mas, na época da reprodução, eles formam casais e constroem ninhos com folhas e galhos secos em buracos de árvores.
“Depois da ocorrência do frio eles têm procurado até entrar em residências. Em geral vivem perto de bosques ou em locais como terrenos baldios, onde fazem moradia”, disso o policial.
Segundo a PMA, o bicho não é perigoso. “Apenas faz uma cara muito feia quando fica acuado. Mas é bom não mexer com eles”, explicou.
CARACTERÍSTICAS
Os gambás são animais com quarenta a cinquenta centímetros de comprimento, sem contar com a cauda, que chega a medir quarenta centímetros.
Tem um corpo parecido com o rato, incluindo a cabeça alongada. A cauda tem pelos apenas na região proximal, é escamosa na extremidade e tem a capacidade de enrolar-se a um suporte, como um ramo de árvore.
As patas são curtas e têm cinco dedos em cada mão, com garras; o hálux (primeiro dedo das patas traseiras) é parcialmente oponível e, em vez de garra, possui uma unha.
Têm marsúpio e, ao contrário da maioria dos marsupiais, sua cauda é menor que seu corpo.
Por isso, quando começa escurecer, o gambá sai de seu abrigo para caçar e coletar alimentos. Sendo um animal onívoro, se alimenta praticamente de tudo, como: raízes, frutas, vermes, insetos, moluscos, crustáceos (caranguejos encontrados em zonas de manguezais), anfíbios, serpentes, lagartos e aves (ovos, filhotes e adultos).
São vários os nomes do gambá pelo Brasil. É chamado mucura, na Amazônia e na Região Sul do Brasil, sarigué, sariguê, saruê ou sarigueia, da Bahia a Pernambuco, timbu ou cassaco, no Ceará, micurê, no Mato Grosso e raposa, no Paraná, taibu, tacaca, saurê ou ticaca.
É um mamífero marsupial que habita desde o sul dos Estados Unidos até a América do Sul. É um dos maiores marsupiais da família dos didelfídeos.