25/08/2014 14h41

Nova técnica ‘levanta’ a expressão em 30 minutos

Sutura reabsorvível acena como tendência e adia cirurgia plástica

Ninguém duvida que as mulheres de hoje aparentam ser bem mais jovens do que suas mães, quando tinham a mesma idade. Mas uma coisa é certa: depois dos 40 anos, a perda de colágeno faz com que o rosto sofra mudanças e fique cada vez mais difícil combater os efeitos da gravidade. A novidade mais recente e eficaz para ‘levantar’ a expressão com mínima intervenção é uma sutura chamada Silhouette. De acordo com Alieksiéi Carrijo, membro titular da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica, a grande vantagem em utilizar fios reabsorvíveis é o restabelecimento progressivo do colágeno perdido.

“Trata-se de um procedimento clínico rápido, seguro e que vem apresentando resultados muito bons. As suturas reabsorvíveis podem ser empregadas na linha mandibular, pescoço, bochechas, região malar (maçãs do rosto) e sobrancelha. Mas, a indicação é sempre individualizada, com resultados naturais e que costumam durar por até dois anos”, diz o cirurgião plástico.

Carrijo explica que não são necessárias incisões. As suturas são introduzidas sob anestesia local, com o auxílio de uma microagulha. Cerca de 30 minutos depois, já é possível perceber sinais do rejuvenescimento, embora resultados mais definitivos apareçam dentro de duas semanas e sejam progressivos. “Em cirurgia plástica, essa técnica de elevação vem sendo empregada com sucesso há vários anos. Já usamos fios de ouro, fios de nylon, mas só agora alcançamos esse nível de evolução em que os fios utilizados são compostos com ácido poliláctico (PLA) – que é produzido a partir da dextrose (açúcar) extraída de materiais de fontes renováveis. Totalmente reabsorvível, esse material que já era usado em larga escala por outras áreas da Medicina – como Cardiologia e Oftalmologia – agora traz excelentes resultados em Cirurgia Plástica reconstrutora e estética”.

O especialista alerta que o uso das suturas reabsorvíveis não substitui o facelift, embora possa adiá-lo por vários anos em determinados casos. “Em Cirurgia Plástica, tudo tem de ser bem indicado. Essa técnica é ideal, principalmente, para pacientes que estão começando a sofrer a ação da gravidade, a partir dos 38 anos, em média. Nesse caso, como os efeitos são progressivos e duradouros, a paciente poderá adiar procedimentos mais invasivos. Já para quem apresenta sinais mais evidentes de envelhecimento, a partir dos 60 ou 65 anos, o facelift costuma ser uma opção mais acertada em termos de rejuvenescimento facial”.

Fonte: Dr. Alieksiéi Carrijo, cirurgião plástico, membro titular da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica e da American Society of Plastic Surgeons (ASPS). www.alieksieicarrijo.com.br