Dourados
29/08/2014 09h33 - Atualizado em 29/08/2014 09h33
da Redação
A adolescente de 17 anos que, supostamente, foi mantida em cárcere privado por uma jardineiro de 40 anos em uma residência no Bairro Guanandi, em Campo Grande, prestou três horas de depoimento, ontem (28) a noite na DEPCA (Delegacia de Atendimento à Criança e ao Adolescente).
A menor foi ouvida pela terceira vez e reafirmou que o acusado a proibia de ter contato com a família e a ameaçou de morte durante uma discussão mais recente do casal.
Segundo o site Campo Grande News, o delegado responsável pelo caso disse que ficou constatado que ele só deixava ela falar com a família quando ele estava presente. “Ela contou que poucas vezes conversou com os familiares, e quando acontecia era por telefone com o homem ao lado escutando a conversa”, destacou Paulo Lauretto.
O jardineiro teria pegado um galão de gasolina e ameaçado colocar fogo nela, segundo contou o delegado que não descartou a hipótese de realmente ter acontecido o cárcere privado.
Em entrevista ao site, o delegado disse que houve violência psicológica contra a jovem. “Violência psicológica é um crime previsto na Lei Maria da Penha e tem suas punições. Durante o depoimento foi possível notar que a menina está com a capacidade psicológica reduzida devido a pressão que pode ter sofrido”, disse.
Segundo o delegado, mais cinco ou seis testemunhas serão ouvidas. A Justiça expediu um mandado de prisão contra o jardineiro. Como ele não foi encontrado em nenhum dos endereços anexados no processo, o delegado informou que ele é considerado foragido. Segundo o CG News, a advogada de defesa do acusado, Rosana Espíndola Tognini, disse que ele não foi chamado para ser ouvido novamente e está a disposição da Justiça para prestar qualquer esclarecimento que for necessário.