09/09/2014 08h24
O Brasil está se preparando para desafios nesse novo século em que desponta como uma potência. Os projetos inseridos no Plano de Articulação e Equipamento de Defesa (PAED) geram benefícios muito além dos campos militar e político, com repercussões no desenvolvimento socioeconômico, científico e tecnológico da sociedade.
As demandas atuais criam especializações e empregos e agregam valor aos bens de fornecedores, aumentando a renda dos trabalhadores.
Oitavo maior exportador mundial de produtos de defesa nos anos 1980, o Brasil tem potencial para voltar a ocupar lugar de destaque nesse mercado internacional – que movimenta, por ano, cerca de US$ 1,5 trilhão.
O Coronel Gilberto Breviliere, comandante militar do Planalto, destaca que os projetos incrementam a indústria nacional em vários setores, como química, georreferenciamento, propulsão.
Ele cita algumas novidades do Exército como o Astros 2020, um equipamento de defesa antiaérea, e a estratégia de defesa cibernética, meio cada vez mais usado em guerras, como indutores de transformação das Forças Armadas brasileiras.
“A indução dos projetos visa capacitar as Forças Armadas a enfrentar os desafios do futuro, que é a era do conhecimento. Nós precisamos evoluir, precisamos tornar a FA em condições de defender um país que já está na era do conhecimento”, considera Breviliere.
Um dos destaques entre os planos do Exército é o Sistema de Monitoramento de Fronteiras (Sisfron) com o objetivo de fortalecer a presença e a capacidade de ação do Estado na faixa de fronteira, uma área de 16.886 quilômetros de extensão.
Trata-se de um conjunto integrado de recursos tecnológicos, tais como sistemas de vigilância e monitoramento, tecnologia da informação, guerra eletrônica e inteligência que, aliados a obras de infraestrutura, reduzirão vulnerabilidades na região fronteiriça.
“Este projeto age de forma a incrementar através da tecnologia e sobretudo da interoperabilidade entre as forças de defesa e os órgãos de segurança pública, a defesa e a vigilância das fronteiras terrestres, que necessita de alta tecnologia, além da capacitação profissional de seus talentos humanos para enfrentar, por exemplo, os ilícitos transnacionais”, explica Breviliere.
O projeto básico do Sisfron foi elaborado em 2010 e 2011. O período de implementação do sistema é de dez anos. A previsão de investimento é de R$ 12 bilhões.
A família de blindados Guarani substituirá os veículos Urutu e Cascavel, em uso há mais de 30 anos. Ele pode transportar 11 militares e será empregado principalmente para defesa de infraestruturas estratégicas do País.
Além de ser robusto e com baixo custo de manutenção, ele é um veículo anfíbio, que consegue atravessar rios e suportar minas terrestres. O exército deve incorporar mais de duas mil unidades nos próximos 20 anos. Devem ser investidos R$ 6 bilhões no projeto.
“É um projeto que desenvolve tecnologia nacional com incremento da indústria nacional gerando empregos diretos e indiretos além da tecnologia.
O projeto desenvolve também a indústria nacional através do chamamento de profissionais na área de blindagem de materiais e de mecânica, e isto, para nós, também incrementa no País a nossa pauta de exportação”, analisa o Coronel. (blog.planalto.gov.br)