11/09/2014 06h22
Conjuntura - Williams Araújo
Turno único
Pesquisa para consumo interno em poder da cúpula de um dos partidos aponta números surpreendentes em favor de um candidato ao governo de Mato Grosso do Sul. Ao mesmo tempo em que traz tranquilidade e alegria para o, digamos assim, felizardo, deixa um rastro de tristeza em seus adversários.
O resultado, conforme o levantamento, destoa radicalmente dos recentes números divulgados por institutos de pesquisa confiáveis. Será?
Revés
Apesar de estar na dianteira da corrida palaciana, Delcídio (PT) ainda tinha o receio de que a queda da presidente Dilma nas pesquisas poderia refletir em sua campanha. No entanto, o senador voltou a sorrir com o resultado de recente levantamento divulgado na terça pela Confederação Nacional do Transporte.
A candidata do PSB à Presidência, Marina Silva, num confronto de segundo turno contra a presidente teria 45,5% das intenções de voto, contra 42,7%. Ou seja, empate técnico.
Rebu
Para analistas, vai ser um Deus nos acuda a campanha para o governo estadual daqui pra frente, incluindo farpas mútuas entre os principais candidatos a cadeira do governador André Puccinelli (PMDB). A previsão é que o nível deve baixar, aquecendo o clima da disputa em solo sul-mato-grossense.
Pelo jeito, até mesmo os candidatos dos partidos nanicos deverão mudar seus comportamentos. O ouvido do eleitor que se dane.
Boné
Osvane Ramos (PROS) foi à Assembleia Legislativa ontem com os nervos a flor da pele. Também pudera, o discurso era de despedida de sua campanha à reeleição. Além de anunciar que desistiu de tentar mais um mandato, disparou contra o cabeça da chapa majoritária para o qual percorria o Estado pedindo votos.
Num discurso áspero, acusou Delcídio de descumprir acordos feitos para a campanha. “Não venham me imputar irresponsabilidades”, queixou-se o ligeirinho, como ele é chamado pelo governador André Puccinelli por sua habilidade nas articulações.
Pendenga
Atolados em dívida até o pescoço por causa da política econômica do País, os prefeitos tentam na Justiça recuperar mais de R$ 1 bilhão em ICMS a que os municípios têm direito constitucional por conta de medidas de incentivos fiscais concedidas pelo governo estadual a empresas licitadas.
“O repasse da quota constitucionalmente devida aos municípios não pode sujeitar-se à condição prevista em programa de benefício fiscal de âmbito estadual”, argumentam.