Dourados
18/09/2014 08h42 - Atualizado em 18/09/2014 08h42
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Sem acordo sobre o pagamento dos plantões, cerca de 300 trabalhadores mantêm a greve por tempo indeterminado no Hospital Universitário de Campo Grande. Neste quinto dia de paralisação, nada de proposta. O grupo cobra a remuneração referente aos meses de janeiro, fevereiro e março deste ano.
Segundo Adhemar Vilela Moreira, um dos coordenadores do Sindicato dos Trabalhadores das Instituições Federais de Ensino de Mato Grosso do Sul (Sista/MS), a Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS) e a Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh), entidades responsávels pela manutenção do hospital buscam uma solução mas até o momento não acenaram a um acordo.
“Até agora a gente sabe que eles estão correndo atrás, mas o cenário ainda não mudou. Não há previsão para pagamentos e a greve vai continuar até que a situação seja regularizada. É uma pena que eles tenham esperado os servidores parar para que pudessem adotar alguma postura”, disse Adhemar.
Nesta semana a categoria esteve reunida com o Ministério Público Federal (MPF), que pediu que o atendimento voltasse ao normal no HU, porém o órgão judiciário compreendeu a necessidade dos trabalhadores. Apesar da greve, 30% do efetivo presta atendimento à comunidade.
A Justiça ainda cobra que o hospital abra 65 leitos para ajudar a desafogar o caos na saúde da Capital, mas a unidade ignora a decisão e está sujeita à multa. “O único jeito de resolver este problema é convocando os aprovados em concurso recente da Ebserh. O quadro de funcionários atual é insuficiente. É uma situação delicada, pois se há dificuldades para pagar os plantões dos trabalhadores, acredito eu que também haveria problema para contratar mais pessoas”, destacou Vilela. Por enquanto, a greve segue.
