25/09/2014 21h46 - Atualizado em 25/09/2014 21h46

Acadêmicos que enviaram perguntas são respondidos em debate

Terceira rodada de perguntas foi feita por acadêmicos e foram destinadas por sorteio aos candidatos

Luiz Radai

No rol de perguntas de acadêmicos, destinadas por sorteio aos candidatos, o primeiro a ser questionado foi Evander Vendramini (PP). O acadêmico da UFGD (Universidade Federal da Grande Doruados), Henrique Dionisio, perguntou sobre isenção de impostos e qual a proposta para redução da tarifa de transporte público que foi motivo de protestos por todo o país no primeiro semestre deste ano.

Segundo Vendramini, a primeira Capital que conseguiu fazer a redução da tarifa foi Campo Grande, dentro da administração de Alcides Bernal, de mesmo partido do candidato. “Chamamos os empresários, equacionamos os impostos e tentamos melhorar esta situação. Hoje era para ser R$ 3,20 e está em R$ 2,70”, disse.

Segundo Vendramini, falta vontade política. “Temos uma das tarifas mais altas do Brasil. Aquilo que é concessão pública, não deve ser motivo de negociata, por que quem paga é o povo. As prefeituras tem dificuldade e é sim possível fazer se tiver vontade”, disse. Segundo ele, esse é um dos gastos que mais encarece as despesas dos alunos.

Na segunda pergunta, um funcionário da Uems (Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul) perguntou sobre a desvalorização do salário dos servidores e se existe propostas em melhorar esta situação ao candidato do PSDB, Reinaldo Azambuja.

“Vamos devolver a autonomia da Uems. Para que possa gerir com o conselho universitário a própria universidade. Está muito claro isso voltar aos percentuais financeiros dentro do orçamento para ter os ganhos e expansão”, disse.

Azambuja ressaltou que a Uems tem 15 campus espalhados pelo Estado e os investimentos são bem menores em relação à UFGD, por exemplo, que tem apenas a unidade em Dourados. “Teremos condições de ganho real aos professores. Teremos uma Uems forte”, disse.

O candidato ressaltou que a Uems continuará com a sede em Doruados. “No nosso governo não existe esse negócio de sede em outro lugar. A sede é em Dourados. Mante-la em Dourados, fortalecer em Dourados”, disse.

Para Nelson Trad, a pergunta foi sobre saúde e foi feita pelo Sindicato dos Trabalhadores das Instituições Federais sobre repasses para melhorar a saúde dos municípios da região da Grande Dourados.

Trad falou sobre o investimento na saúde quando foi prefeito. Que chegavam até a 33%. Ele disse que é contra o rateio e quer investir mais na saúde. O Governo Federal não pode virar as costas para a situação da saúde do povo brasileiro. Ele lembrou que Delcídio votou contra projetos para mais verbas na saúde em todo o Brasil. “Vai ter mais recursos para a saúde, para tocar a o HR que eu vou concluir”, disse.

Professor Sidney Melo foi o próximo a receber uma pergunta sobre investimentos em pesquisa na área acadêmica. Ele falou do sucateamento do setor e a falta de investimento, de capacitação do setor e da demanda. “Há a velha cultura de esperar as coisas acontecerem sozinhas. Ninguém busca isso dentro da bancada”, disse.

Segundo ele é preciso investimento para evoluir a ciência e a tecnologia do Mato Grosso do Sul. Deve haver investimento antes da academia, no ensino médio e fundamental. Pesquisas que encaminhem novos pesquisadores.

Na sequência, Professor Monje foi perguntado sobre a autonomia da Uems. Segundo ele o PSTU defende a universalização do ensino, desde as primeiras séries até a universidade. Nossa meta é aumentar para 30% o investimento na educação. Temos que suspender a dívida do Estado para a União. Isso vai dar um ‘up’ no orçamento do Estado. O candidato falou sobre uma constituinte para universidades federais. “Não concordamos com a administração do PMDB que dá ‘dinheiro carimbado’. A própria universidade deve decidir como aplicar e onde aplicar as verbas”, disse e finalizou: “dinheiro público não vai para universidades privadas”.