26/09/2014 12h27
A expectativa do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) é reverter até o fim do ano o embargo do Japão e da Arábia Saudita à carne bovina brasileira.
Tratam-se dos únicos países que ainda mantêm restrições em função da encefalopatia espongiforme bovina (EEB), popularmente conhecida como doença da vaca louca. A informação foi fornecida à Agência Brasil pelo secretário de Relações Internacionais do Agronegócio do órgão, Marcelo Junqueira.
O embargo dos países é originário de 2012, quando foi confirmado um caso de atípico de EEB em um animal morto em 2010 em Sertanópolis (PR).
De acordo com Junqueira, no caso do Japão, o Brasil cumpriu a maior parte das etapas e aproxima-se do fim do processo para reconquistar a autorização. No caso da Arábia Saudita, está prevista viagem ao país em novembro para tentar reverter o embargo.
“A gente pode dizer que a expectativa é nesse sentido [reverter as restrições até o fim do ano]. Depende deles [países]. Estamos trabalhando fortemente para que não haja mais restrição [à carne brasileira]”, disse.
Em julho, a China, que havia imposto embargo à carne bovina do Brasil no mesmo ano, concordou com o fim da restrição. Segundo Junqueira, falta a assinatura de novo protocolo exigido pelo governo chinês para oficializar a abertura.
Em agosto, Irã e Egito, países que haviam embargado a carne brasileira em função de caso de EEB em Mato Grosso em 2014, concordaram com suspensão das restrições após visita de técnicos brasileiros.
O caso deste ano também foi atípico, variedade da doença que surge de forma espontânea na velhice do animal. A EEB típica, com maior potencial de contágio, acontece por ingestão de ração contaminada.
O Brasil tem trabalhado para mostrar eficiência do seu sistema sanitário e derrubar as restrições ligadas à EEB e para conquistar novos mercados.
Além de ter o incremento que a China trará às exportações, o mercado russo está na mira. De acordo com Marcelo Junqueira, continuam sendo encaminhados pedidos de habilitação de estabelecimentos brasileiros para exportar carne e outros produtos para o país europeu.(Agência Brasil)