04/10/2014 14h00
A vacina contra o HPV é aplicada há mais de sete anos em cerca de 50 países do mundo. Desde então, não há relatos de complicações graves que tenham sido associadas à vacinação, conforme destaca o secretário do Departamento de Infectologia da Sociedade Brasileira de Pediatria, Marco Aurélio Sáfadi.
"Não há relatos de eventos adversos graves que tenham sido claramente associados à vacinação. Recentemente, tivemos aqui no estado de São Paulo a ocorrência de alguns casos, que depois ficou demonstrado que não tinham relação alguma com a vacinação. Essas meninas que apresentaram alguns sintomas, todas elas mostraram não ter nenhum tipo de alteração.
A Sociedade Brasileira de Pediatria se coloca aqui em apoiar a imunização e estimular a vacinação para HPV, pois é nosso entendimento que essa é, vamos dizer, uma iniciativa de claros benefícios para a população".
O secretário de Saúde de Mato Grosso do Sul, Antonio Lastoria, alerta as famílias do estado para não deixarem que as meninas de 11 a 13 anos de idade fiquem sem receber as doses da vacina contra o HPV.
"O estado de Mato Grosso do Sul vem se posicionar parceiro do Ministério em mais esta campanha. E nesse momento fazemos um convite para as adolescentes, jovens de 11 a 13 de idade e a seus familiares para que possam receber a segunda dose da vacina do HPV, que está disponível nos postos de vacinação e nas escolas de todo o país.
Entendemos que o objetivo maior é prevenir câncer do colo do útero. Não existe nenhuma reação adversa que possa impedi-las de procurar por essa vacina."
A cirurgiã-dentista moradora de Dourados, Juliana Machado, tem uma filha de 13 anos que já recebeu a vacina contra o HPV.
"Eu acho muito importante as adolescentes tomarem a vacina do HPV para prevenir câncer do colo do útero no futuro.
É uma coisa que a minha geração não teve e eu acho muito importante que a minha filha possa ter essa chance de prevenir uma doença que causa a morte de tantas mulheres, hoje, no Brasil e no mundo. Ela já tomou as duas doses da vacina.
Ela tomou a primeira dose em março e tomou já a segunda dose, agora, no posto de saúde, agora, no começo de setembro.
Ela reclamou da dorzinha da picada, mas não teve nenhuma reação local, nem reação sistêmica depois de ter tomado a vacina. Nenhuma das duas doses".
A segunda dose da vacina contra o HPV já está disponível em todo o Brasil para as meninas de 11 a 13 anos de idade. O ministro da Saúde, Arthur Chioro, explica que a proteção só será eficaz para as garotas que receberem as três doses.
"Só com a primeira dose não fica protegida. Para ficar protegida pela vida inteira precisa fazer a segunda dose agora e daqui a cinco anos fazer a terceira e última dose, mas vale a pena".
A vacina contra o HPV está disponível em todos os postos de saúde do Brasil. Para saber mais, acesse: www.saude.gov.br. (Web Rádio Saúde/Agência Saúde)