14/10/2014 06h06
Pessoas que tiveram contato com paciente, e que ficaram em observação, foram liberadas do monitoramento.
O segundo exame para diagnóstico etiológico do paciente suspeito de infecção pelo vírus Ebola teve resultado negativo, descartando a suspeita da doença no Brasil.
O resultado foi divulgado na tarde de ontem segunda-feira (13), durante entrevista coletiva com o ministro da Saúde, Arthur Chioro, e o secretário de Vigilância em Saúde, Jarbas Barbosa.
O exame foi feito pelo Instituto Evandro Chagas (IEC), no Pará. O primeiro exame, que também obteve resultado negativo, foi divulgado no último sábado (11).
O homem vindo da Guiné, na África Ocidental, chegou ao Brasil no dia 19 de setembro e foi atendido na Unidade de Pronto Atendido Atendimento de Cascavel (PR).
O paciente deu entrada, na quinta-feira (9), na Unidade de Pronto Atendimento Brasília, em Cascavel, relatando febre.
Por estar no vigésimo primeiro dia, limite máximo para o período de incubação da doença, foi considerado caso suspeito, seguindo os protocolos internacionais para a enfermidade. Guiné é um dos três países que concentram o surto da doença na África.
Desde sexta-feira (10), o paciente se encontra em observação no Instituto Nacional de Infectologia Evandro Chagas (INI), no Rio de Janeiro, e agora deve ser liberado quando tiver alta médica.
Segundo o ministro Arthur Chioro, os critérios para a alta do paciente serão analisados pela equipe médica do Instituto onde está internado. As pessoas que tiveram contato com ele, e que ficaram em observação, foram liberadas do monitoramento.
Foram feitos dois exames de sangue no paciente, um no dia em que o Ministério da Saúde foi avisado da suspeita e outro 48 horas depois.
É o procedimento indicado pela Organização Mundial da Saúde para confirmação ou descarte de um caso da doença.
O ministro Arthur Chioro disse que as medidas de prevenção da doença permanecem iguais. “Todas as medidas de prevenção e de vigilância em relação ao Ebola permanecem.
Ao mesmo tempo que passamos tranquilidade à população, entendemos que se trata de uma enfermidade de risco pequeno, mas que não podem ser descartadas as medidas de prevenção”, avaliou o ministro.
O ministro alertou a população para que não haja nenhum preconceito com os africanos residentes no Brasil.
“Nossa principal arma é manter as pessoas informadas, até para que não exista preconceito. Nós não podemos concordar com nenhuma forma de discriminação racista e discrimimatória", destaca Chioro.
Hoje, há 59 brasileiros nos países mais afetados pela epidemia. São 32 pessoas em Guiné, 25 na Libéria e duas em Serra Leoa.
Chioro afimou que o governo está em contato com cada um deles e que monitora todos os passageiros que chegam ao Brasil vindos desses países.
“O fluxo de pessoas que vêm ao País vindos desses lugares é muito baixo, facilitando o nosso monitoramento. Portanto, é muito difícil que ocorra um caso de Ebola no Brasil”, concluiu. (Portal Brasil, com informações do Ministério da Saúde)