16/10/2014 09h00
Cido Costa
Ao lembrar o Dia do Professor, o senador Cristovam Buarque (PDT-DF) lamentou ontem que a educação não tenha sido debatida adequadamente pelos candidatos à Presidência da República.
Ele reclamou, por exemplo, que nenhum dos candidatos tenha se comprometido a apoiar os estados a cumprirem a lei do piso salarial, que define o valor mínimo dos salários dos professores, bem como a destinação de 30% da jornada de trabalho deles para o planejamento das aulas e o atendimento aos pais e estudantes.
De todos os estados, disse o senador, apenas sete cumprem rigorosamente o que determina a lei: Amapá, Ceará, Distrito Federal, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Pernambuco e Piauí.
E essa limitação orçamentária dos estados poderia ser corrigida pelo governo federal, disse o senador. Para tanto, bastariam R$ 4 bilhões para que os governadores que não cumprem o piso salarial dos professores complementassem o valor pago e atingissem a quantia determinada pela lei.
Eu tenho feito uma campanha pelo Twitter: todo o dinheiro recuperado da corrupção devia ir para a educação, como o pré-sal. Eu acho que devia dizer: deve ir para pagar o piso salarial, pelo menos — disse. (Jornal do Senado)