18/10/2014 14h26
Medidas visam oferecer mais segurança e informação ao turista que busca emoções durante as viagens.
Os adeptos do turismo de aventura têm razões para comemorar. Três normas técnicas que garantem mais segurança e informação ao viajante, além de uma linguagem técnica unificada comum aos profissionais ligados ao setor, estão sob consulta pública e devem entrar em vigor até o fim deste ano.
Elaboradas pela Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), o texto se baseia em normas e certificações internacionais, e tem por objetivo garantir uma experiência de aventura segura ao turista e um acesso detalhado às informações do passeio.
Entre as medidas, destaca-se a adoção de um plano detalhado para lidar com imprevistos, o que foi chamado de gestão da segurança.
As empresas também deverão informar detalhadamente ao viajante os cuidados que deve tomar antes, durante e depois do passeio.
Entre eles estão a necessidade de vacinação, a descrição do local onde ocorre as atividades, se haverá riscos, equipamentos requeridos e a alimentação oferecida, por exemplo. O prazo de votação das normas de gestão da segurança e acesso à informação vai até 20 de outubro.
De acordo com Leonardo Persi, da Associação Brasileira de Empresas de Ecoturismo e Turismo de Aventura (ABETA), é essencial que os prestadores de serviço saibam lidar com imprevistos e mantenham um plano de emergência para socorro, especialmente em roteiros que envolvam a natureza e sejam de difícil acesso.
Uma terceira norma tem por objetivo unificar os termos usados pelas empresas de modo que a troca de informações seja mais proveitosa e sigam terminologias para serem reconhecidas internacionalmente. Esta norma segue com prazo até 16 de novembro.
Pessoas físicas ou jurídicas também podem dar sua contribuição por meio do mesmo link. Empresários do segmento que quiserem ter acesso à visualização de demais normas de turismo de aventura, podem acessar o endereço eletrônico do Sebrae nacional, clicar na opção Turismo e inserir o CNPJ da empresa.
Desde 2010, com a Lei Geral do Turismo em vigor, a adoção dessas medidas se tornou obrigatória. Agências e operadoras de turismo que quiserem ter um diferencial no mercado podem buscar a certificação por meio de empresas, autorizadas pelo Inmetro, que avaliam a implementação das normas no estabelecimento. O Ministério do Turismo apoia a certificação em Turismo de Aventura.
Desde 2004, em parceria com o Sebrae Nacional e entidades representativas do setor, como a Abeta, o Ministério participa da Comissão de Estudo para Normas Técnicas Brasileiras visando a implementação do Sistema Brasileiro de Certificação em Turismo de Aventura. (Ministério do Turismo)