29/10/2014 09h16 - Atualizado em 29/10/2014 09h16
Uma a cada cinco mulheres são acometidas com a doença. De dois em dois anos a campanha mundial ganha um novo foco. Esse ano, o tema é “Eu sou mulher: o AVC me afeta”.
Jamilye Depieri
Ter um lado do corpo paralisado, dormência, dor de cabeça ou perder subitamente a capacidade de falar, pode ser alguns dos sintomas do acidente vascular cerebral (AVC), que faz uma vítima a cada cinco minutos no Brasil. O derrame como também é conhecido, atinge mais as mulheres do que os homens, cerca de 51,8%.
Neste dia Dia Mundial do AVC, a data tem o objetivo de mobilizar as pessoas sobre os fatores de risco e trazer à tona ações de prevenção e esclarecimento à população. De dois em dois anos a campanha mundial ganha um novo foco. Esse ano, o tema é “Eu sou mulher: o AVC me afeta”.
Segundo a Rede Brasil AVC , uma a cada cinco mulheres são acometidas com a doença. Elas possuem, além dos fatores de risco comuns, alguns mais específicos como a gravidez, o uso de pílulas anticoncepcionais e a reposição hormonal após a menopausa.
Quando não é fatal, o problema pode deixar sequelas e aí, entra a fisioterapia. De acordo com o fisioterapeuta e coordenador de um curso de fisioterapia em Dourados, Renato Silva Nacer, a data têm que ser comemorada pelos avanços da medicina, mas que a busca por atendimento médico de emergência logo após o aparecimento dos primeiros sintomas é fundamental.
Ele lembra, que a fisioterapia também trabalha na prevenção do derrame. "Mesmo na rede pública, grupos de idosos e hipertensos, são orientados aos sinais que a doença dá antes do derrame e como o tratamento poderá ser realizado. Na ocorrência do AVC, que sempre deixa uma sequela motora, a fisioterapia ajuda com exercícios funcionais que auxiliam as pessoas a voltar a realizar atividades cotidianas, que antes, não existia dificuldade", lembra Renato.
O profissional afirma que a fisioterapia pode ajudar na recuperação da mobilidade e do controle muscular o mais rápido possível. "O tratamento para membros fracos ou paralisados começa com pequenos movimentos guiados e praticando tarefas simples. O videogame, por exemplo, pode ser uma ferramenta valiosa no processo. Ele é usado como uma atividade lúdica, desde que seja acompanhado por um profissional, já que estimula a movimentação correta e ainda, traz prazer e deixa mais 'leve' o tratamento", explicou Nacer.
Hoje em Dourados, mais de mil pessoas são atendidas mensalmente através do Sistema Único de Saúde - SUS e aproximadamente 120 pessoas continuam em tratamento. A Organização Mundial de AVC recomenda, para saber se uma pessoa está tendo a doença, primeiramente pedir que ela sorria e verificar se o sorriso está torto. Em seguida, observar se ela consegue levantar os dois braços. Outro passo é notar se há alguma diferença na fala, se está arrastada ou enrolada. Caso seja identificado algum desses sinais, deve-se procurar imediatamente um serviço de saúde.