30/10/2014 15h38 - Atualizado em 30/10/2014 15h38

Medianeira espera alta dos combustíveis para pedir à prefeitura reajuste de tarifa

Flávio Verão

Com a alta de juros anunciada pelo Banco Central (BC) e a decisão do governo federal em reajustar os preços da gasolina e do diesel, a partir de novembro, em mais um esforço para recuperar a confiança sobre a política econômica, uma avalanche de reajustes de preços irá impactar diretamente no bolso do consumidor final. A Medianeira Transportes, concessionária responsável pelo transporte coletivo em Dourados, é uma delas.

O preço da passagem em Dourados está congelada desde 2011 em R$ 2,50. Era ter aumento ano passado, mas por conta de protestos de movimentos sociais liderados por estudantes universitários, o prefeito Murilo Zauith 'segurou' a valor da passagem.

O gerente da Medianeira, Marcelo Saccol, diz que com o aumento dos combustíveis será necessário haver reajuste da passagem. "Vamos aguardar esse aumento já comunicado pelo governo para elaborarmos a planilha de custos e encaminhar à prefeitura", afirmou.

No ano passado a Medianeira pediu reajuste para R$ 3,12, no entanto, levantamento feito pela prefeitura demonstrou na época passagem máxima de R$ 3,05 e com desonerações de impostos como PIS e Cofins mais isenção do ISS caiu para R$ 2,78. Como ocorreu os protestos, com ocupação na Câmara Municipal, o prefeito decidiu manter a tarifa em R$ 2,50.

Somado ao aumento real de serviços e insumos do ano passado para cá, o reajuste que a Medianeira pedirá à prefeitura deve ser bem maior ao solicitado ano passado. Marcelo Saccol preferiu não falar em números. 41% dos usuários de coletivo em Dourados não pagam passagem.

Campo Grande já está em discussão sobre o reajuste da tarifa. Atualmente os consumidores pagam R$ 2,70 e a Agência de Regulação dos Serviços Públicos Delegados de Campo Grande apresentou tarifa técnica de R$ 2,94, porém sem contar com a alta dos combustíveis.