06/12/2014 11h00
A artrite-encefalite caprina, também conhecida como CAE, é uma doença que ataca todas as raças de caprinos, em qualquer idade, tanto machos quanto fêmeas.
Os principais afetados são os rebanhos de leite, por causa do regime de criação intensivo, que favorece a dispersão do vírus e a contaminação dos animais sadios.
A transmissão da doença acontece por meio da ingestão do colostro e do leite de cabras infectadas. A CAE também pode se propagar por meio de fezes, saliva, sêmen e sangue de animais infectados.
Apesar de não existir cura ou tratamento para a CAE, o criador pode usar medicamentos para aliviar os sintomas clínicos nos animais.
Os sintomas mais frequentes são dificuldade para respirar e se locomover, emagrecimento crônico e pneumonia, fraqueza, restrição de movimentos, dor ao se locomover e aumento do volume das articulações.
Outros sintomas importantes são a mastite, caracterizada por endurecimento da mama com diminuição da produção, chegando até a ausência de leite, além do emagrecimento progressivo dos animais afetados.
Pesquisas comprovam que a artrite-encefalite caprina deixa os animais mais predispostos ao parasitismo gastrintestinal, aumentando a necessidade de vermifugação em 60%, e mais gastos para o produtor.
Outro prejuízo causado pela doença é a maior incidência de problemas pulmonares e de mastite, que compromete a produção de leite, mas não interfere no consumo alimentar.
A CAE provoca a desvalorização do rebanho e o produtor precisa repor mais precocemente os animais que apresentam os sintomas da doença.
Além disso, ele terá mais gastos com o controle da enfermidade e enfrentará barreiras comerciais para matrizes, reprodutores e sêmen.
Para evitar a contaminação do rebanho, os especialistas orientam que os criadores comprem animais apenas de áreas livres da doença e exijam de dois a três testes sorológicos com resultado negativo, feitos no intervalo de 60 dias. (Embrapa Caprinos e Ovinos)